Jô Soares, de 84 anos, faleceu às 2h30 desta sexta-feira (5). O humorista estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde 28 de julho para tratar uma pneumonia. A notícia foi dada por sua ex-mulher, Flavia Pedras, em sua conta no Instagram, e confirmada pela assessoria de imprensa do hospital. Na postagem, Flávia contou que Jô faleceu “cercado de amor e cuidados” e também informou que o velório e enterro do artista será restrito para a família e amigos. A causa da morte não foi divulgada.

Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo. Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores“, escreveu ela na publicação.

Pedras também deixou um recado para os fãs do jornalista: “Aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida. A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor“. Leia:

Depois que a notícia veio à tona, diversos amigos e admiradores do jornalista lamentaram seu falecimento. Soares apresentou um dos mais longevos e exitosos talk shows do Brasil, o “Programa do Jô”, que foi ao ar entre 2000 e 2016 na TV Globo.

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Você talvez, só agora, entenda o quanto você era uma referência pra mim, apesar de ter te dito muitas vezes. Você mudou muitas e muitas vidas“, refletiu Tatá Werneck, que atualmente apresenta o “Lady Night”, também da Globo. “Jô, o que eu quero ser hoje só existe porque eu vi você sendo. Eu te amo muito. Te agradeço“, continuou a humorista, que relembrou sua participação no “Programa do Jô”.

Fábio Porchat, que fez sua primeira aparição na TV, no ‘Programa do Jô’ ressaltou a generosidade do artista em lançar novos nomes do humor. “O Brasil sem Jô Soares é um Brasil em preto e branco. Sem alegria, sem força, sem bom humor… A comédia no país é uma antes e outra depois. Por tudo o que foi feito por Jô e por todos aqueles que ele lançou pro mundo por conta de sua generosidade. Obrigado por ter me dado a chance pra perceber que fazer rir é a melhor coisa do mundo. Mas hoje vai ser difícil… Um beijo do gordo“, escreveu, com uma foto carinhosa dos dois.

Ana Maria Braga também prestou sua homenagem ao colega. “Eu tive a honra de conhecer e conviver com esse jornalista e humorista tão talentoso e querido de todos nós. Hoje o dia amanheceu mais sem graça. Vá em paz, meu amigo!“, escreveu a apresentadora.

Saxofonista do talkshow do humorista, Derico Sciotti falou à GloboNews sobre seu falecimento. “Nas ‘Meninas do Jô’ – para você ver o grau de generosidade que o Jô tinha em relação ao poder e inteligência que ele tinha – ele me dava um minuto e meio, dois minutos… Eu entrava no programa cantando Lisa Minelli, era doidera. Mesmo com o assunto em voga, a coisa mais pesada, eu entrava como Elton John cantando uma paródia sobre o tema. (…) Tinha as nuances do programa que ele dava para as pessoas“, relembrou.

Adriane Galisteu, vizinha do humorista, revelou que “seguirá aplaudindo” o amigo. “Obrigada por tantas risadas , tantas conversas por todos os ensinamentos“, agradeceu.

Zelia Duncan, hoje casada com Flavia Pedras, também laentou o ocorrido. “O Brasil perdeu hoje um artista único, um comediante que amava seu ofício acima de tudo, um ator fora de série. Um entrevistador brilhante. Um cidadão que amava seu país e seus amigos. Jô Soares, obrigada por tanto!“, declarou em seu Twitter.

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Foto: Reprodução / Instagram

 

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Em mais de 60 anos de carreira, Jô Soares marcou a televisão brasileira e deixa um imenso legado. Na Globo, fez parte de “Faça Humor, Não Faça Guerra”, antes de estrelar seu próprio programa de humor, “Viva o Gordo”, em 1981. Em 1987, o apresentador migrou para o SBT para apresentar o seu próprio programa de entrevistas. Nos anos 2000, o jornalista voltou à rede Globo para o icônico “Programa do Jô”.

Além de apresentador, Jô também escreveu livros e peças de teatro. Sua última obra lançada foi “As Esganadas”, em 2011. Jô também costumava assinar textos para jornais como O Globo e Folha de S.Paulo.



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