A Adesso Music, label de Junior Jack, segue com sua ótima curadoria e consistência de lançamentos, entregando verdadeiras pérolas para o público.

Prova disso é a estreia de Roger Gunn com o single ‘Mwaki‘, uma obra rica em elementos que se conectam com o Afro House, Organic e Progressive, uma sinfonia de elementos eletrônicos que promete fazer todos dançarem.

Do Uzbequistão para as plataformas digitais globais, Roger Gunn recorre a uma paleta abundante e melódica com uma propensão a contar histórias musicais emocionais.

O artista que já lançou em labels como Insomniac e Revealed, já recebeu apoio de nomes imponentes da cena como Afrojack, Benny Benassi e muitos outros.

‘Mwaki’ transporta os ouvintes para uma paisagem festiva, multicultural e alegre com seu ritmo animado, melodias dançantes e acordes viajantes.

É seguro dizer que esta é a identidade sonora de Roger que vem entregando um trabalho coerente, robusto e cheio de significado para o público, a exemplo de seu penúltimo lançamento ‘Tell Me’, pela Lekke LLC.

Conversamos com o artista para adentrar em seu universo musical celebrando o lançamento na Adesso.

Confira!

Roger, é um prazer recebê-lo para esta entrevista! Nos conte um pouco do seu processo criativo com seu último single ‘Mwaki’ e como se deu seu relacionamento com a label?

Sim, é um grande prazer para mim também. Em meados de 2023, comecei a procurar um som mais melódico e emocional, portanto, a jornada me levou às afro vibes. Primeiro, encontrei esse vocal incrível no Splice e toda a faixa se alinhava sobre ele.

O vocal não era tão popular na época em que o encontrei, mas de cara ficou claro que se tratava de algo especial. No entanto, senti que poderia acrescentar ainda mais emoções e dar a ela um clima sexy de verão, com uma referência ao filme “Wild Orchid”.

Por isso, levei algum tempo para terminar. Recebi muitas promos da Adesso e adoro o som que eles estão lançando atualmente, então, quando meu disco ficou pronto, eu realmente senti que minha faixa poderia ser ideal para eles e, felizmente, não estava errado 🙂

Realmente adoro a maneira como eles se preocupam com cada disco que lançam, com tanta atenção. Parabéns a todos da Adesso!

Como você avalia o impacto da cultura musical do Uzbequistão nas suas produções?

Tento procurar sons e melodias interessantes em todos os lugares e em todo o mundo, e há beleza em todas as culturas; para mim, é uma jornada que dura a vida inteira.

A cultura musical do Uzbequistão é muito abundante e tem muitos instrumentos étnicos incrivelmente loucos que podem despertar a alma de qualquer pessoa e levá-la a um estado de euforia.

Eu frequentemente experimento esses sons e foi assim que fizemos o disco “Afrosiyob” junto com meu bom amigo Trace. No entanto, primeiro fui apresentado ao rock clássico pelo meu pai na minha infância, a bandas como Pink Floyd, Led Zeppelin, Deep Purple etc., e isso me deixou maravilhado.

Depois, continuei minha jornada experimentando vários pops europeus e americanos e música eletrônica, e é isso que provavelmente ficará para sempre na minha identidade musical.

Voltando ao passado, queremos saber quem foi sua maior referência no cenário eletrônico, um artista que você revisita para se inspirar ou apenas relaxar.

No início de minha trajetória como DJ/produtor, fui muito inspirado por caras como James Zabiela ( incríveis habilidades como DJ), Fedde Le Grand e Laidback Luke.

No entanto, meus gostos musicais mudaram muito com o tempo e é importante ser único e encontrar seu próprio estilo, por isso tento me concentrar em meus sentimentos internos.

Sou um grande amante da música, então, para relaxar, ouço quase todos os gêneros.

Quais foram os pontos negativos e positivos no cenário eletrônico avaliados por você no seu início de carreira como DJ e produtor?

O lado positivo é obter uma ótima experiência, conhecer muitas pessoas e também aprender a interpretá-las, desenvolver habilidades de comunicação e aprimorar suas habilidades profissionais obtendo feedback de pessoas que não fazem parte de suas próprias crenças.

Falando sobre o lado mais negativo, é uma enorme pressão psicológica. Coisas como rejeição de demos, encontrar ideias exclusivas e entender que não se trata apenas de criatividade, mas também de negócios no mundo do entretenimento, colocam muita pressão sobre os aspirantes a produtores.

‘Voices In My Head’ uma das suas primeiras músicas lançadas no Spotify, nos leva para uma odisséia entre House e Tech. O que mudou no seu critério de produção entre esta faixa e Mwaki?

Honestamente, muita coisa mudou, eu estava fazendo uma música totalmente diferente naquela época, era uma fusão de bass e tech house.

Minha produção mudou para uma música mais melódica e, ao mesmo tempo, menos movimentada em termos de sons.

Acredito que Mwaki também esteja produzindo um som e uma produção mais maduros, embora eu ainda goste muito de “Voices in My Head”, que tem aquela vibe disco funky.

Você comanda a label party High Altitude, na sua opinião o que não pode faltar em uma curadoria de um evento?

Você deve sempre pensar como se fosse um convidado do evento e entender o que estaria faltando se você estivesse lá como um frequentador da festa, porque um simples detalhe que esteja faltando pode arruinar a experiência.

E, o mais importante, forme uma equipe ao seu redor e saiba delegar, caso contrário, você pode acabar totalmente estressado e com resultados insatisfatórios.

Benny Benassi e Afrojack são artistas que qualquer nome gostaria de receber suporte. Como foi pra você ter sido reconhecido por esses nomes?

É certamente um grande prazer, quando eles começam a chegar, você começa a sentir que está fazendo algo bem feito 🙂

Muito obrigada por nos conceder esta entrevista. Você tem algum recado para o público brasileiro?

Obrigado pelo interesse. Fiquei muito feliz em responder. Nunca estive no Brasil, mas já ouvi falar muito sobre o país e, principalmente, sobre as pessoas.

Vocês são incrivelmente simpáticos e talentosos, com muitos artistas excelentes como Maz, Vintage Culture, Mochakk e assim por diante.

Eu também assisti a novela “O Clone” quando era criança 🙂 Espero ter a chance de visitar e tocar no Brasil.


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