Um casal de turistas encontrou uma câmera escondida em um flat no OKA Beach Residence, um resort na praia de Muro Alto, em Porto de Galinhas, litoral de Pernambuco. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Pernambuco.
Os turistas são de São Paulo e ficaram hospedados no local entre os dias 13 e 17 de janeiro. O advogado das vítimas contou ao g1 que, no final da tarde de terça-feira (16), a mulher ouviu um barulho próximo da televisão. Ao verificar de onde vinha, ela encontrou o que parecia ser um receptor de tomada, mas não conseguia encaixar nenhum carregador. Ao examinar com a lanterna do celular, percebeu que se tratava de uma câmera, que estava de frente para a cama. Assista:
VÍDEO: Casal encontra câmera escondida em quarto de resort em Porto de Galinhas pic.twitter.com/xLZ9DGoz2t
— BHAZ (@portal_bhaz) January 22, 2024
Segundo o advogado, o casal comunicou a descoberta do equipamento imediatamente à gerência do resort, que pediu a um funcionário para ir ao flat fazer imagens do objeto. O delegado Ney Luiz Rodrigues explicou que “a pessoa que instala tem a intenção de captar cenas de sexo ou nudez“. Em entrevista ao g1, ele disse que, nestes casos, os equipamentos são instalados no quarto ou banheiro.
A polícia apreendeu a câmera e o equipamento foi encaminhado ao Instituto de Criminalística para identificar quem instalou o objeto e estaria recebendo as imagens captadas no quarto. O delegado relatou que os donos do flat já foram ouvidos. “A princípio, não houve nenhum envolvimento deles, já descartamos essa possibilidade“. As autoridades não descartam que outras vítimas possam ter sido gravadas e investigam o caso justamente para entender as circunstâncias da instalação do equipamento.
A ocorrência é investigada como crime de “registro não autorizado de intimidade sexual”, definido pelo Código Penal Brasileiro como “produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes“. A pena prevista é de prisão de seis meses a um ano, além de multa.
Em nota nas redes sociais, o OKA Beach Residence informou que repudia “veementemente” a instalação de câmeras ocultas. O resort enfatizou que é “um condomínio residencial e não hotel”, e que as locações são realizadas diretamente entre inquilinos e proprietários.
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