Lucas Borchardt lança regravação de sucesso do anos 80

Lucas Borchardt lança regravação de sucesso do anos 80

Se liga no groove brazuca!

por Ana Luiza Cavalcante

Atualmente Lucas é responsável pela curadoria musical no restaurante Bagatelle, em São Paulo, mas ele já marcou presença pelos principais clubes e festas do Brasil como, Pacha e o Café de La Musique. Com mais de 10 anos de carreira e experiência internacional, o DJ se destaca pelo mix de estilos musicais.

Muito requisitado para tocar em casamentos, Lucas afirma que os noivos precisam entrar em contato com ele com seis meses de antecedência. E claro, o DJ os convida para dar uma passada no Bagatelle para terem uma ideia do que será o repertório do casamento. Os destination weddings são a especialidade de Lucas, que já levou suas pick-ups para casamentos em Mykonos, Ibiza, Miami, entre outros.

Para a regravação de “Parado Na Tua”, sucesso do ano 80, Lucas abusou da mistura house com brasilidades e muito groove. O processo criativo foi bem interessante, pois a música é praticamente um Frankstein, explica Lucas.

“Recortamos pequenos elementos dela como os metais (sax e trompete), percussão, bateria, guitarra… enfim, picotamos ela e fomos reconstruindo em cima de um beat 4/4. Quando percebemos, a música praticamente tinha outra cara porém seguia a mesma energia da música original, o que foi muito positivo pois não descaracterizamos ela por completo.”

Em um bate-papo descontraído Lucas conta mais detalhes sobre a sua carreira e o lançamento da regravação de “Parado Na Tua”.

Primeiramente, gostaria de agradecer por este espaço e oportunidade para falar um pouco mais sobre o meu trabalho. Em tempos difíceis, fico muito feliz em trazer um pouco de diversão para as pessoas! Estamos juntos!
DJ MAG BRASIL: Como começou a sua história com o Bagatelle?
Minha história no Bagatelle começou nos meados de 2012 /2013 quando a marca chegou ao Brasil. Eu já conhecia ela la de fora porém nunca havia visitado o de São Paulo até então. Coincidência ou não, na época dois DJs que eu admiro muito até hoje (Leo Ruas e Thiago Guiselini) eram os residentes da casa. Por um convite deles, me apresentei em uma quinta feira com a casa lotada. Bom, a sinergia rolou na hora e comecei a me apresentar mais e mais vezes…como os dois na época tinham outros projetos paralelos, acabei recebendo o convite para ser DJ residente durante todos os dias. Topei! O Bagatelle me trouxe muita experiência e expertise para lidar com situações das mais malucas possíveis, e, indo mais além, me trouxe também muita bagagem musical por ter que tocar 5 horas por dia, estilo open format, evitando de repetir musica constantemente. Digo com muita certeza que é até hoje um dos lugares mais difíceis para se apresentar, tendo em vista a sensibilidade do público e a operação da casa. O desafio é grande e tanto por isso que amo tocar lá…já são 7 anos de casa e não pretendo sair tão cedo rs.
DJ MAG BRASIL: Quem acompanha as principais festas premium do Brasil, com certeza já curtiu vários sets épicos, onde você mistura os clássica da house music com os EDM da era de ouro da dance music. Mas se fosse para escolher uma nova vertente para tocar, qual seria e por que?
Bela pergunta. Eu nunca vou deixar de tocar os clássicos da House Music & EDM. Acho que isso ficou na minha veia e não vai sair tão cedo, porém se fosse pra escolher uma nova vertente, iria no Tech House. Digo isso pois é uma vertente que vem em grande crescimento (Fisher, Chris Lake, Camelphat, Solardo, Eli Brown entre outros), e que consegue abranger praticamente todos os estilos musicais. Muito sample de Disco Music, Hip Hop, Rock, Folk até sample de Funk já escutei… então além de ser um estilo mais democrático, ele sempre surpreende com algum elemento que não se esperava.
DJ MAG BRASIL: Por que você escolheu fazer uma regravação de “Parado Na Tua”, um sucesso dos anos 80?
Cara, foi algo totalmente aleatório porém tem um sentido. Estava buscando alguma coisa brasileira bem boogie… na realidade, havia começado a pesquisar pela música Kabaluere do Antonio Carlos & Jocafi (música que o Marcelo D2 sampleou para ‘Qual É’), e comecei a ouvir outros artistas no estilo até que meu produtor na época, Antonio Eudi, me sugeriu da gente escutar algumas coisas do Lincoln Olivetti. Ai foi só alegria, quando ouvimos Na Tua do Almir Ricardi, na hora olhamos um pra cara do outro e decidimos que ali tinha uma bela canção com muito groove brazuca e ao mesmo tempo uma pegada bem pra cima, feliz, e principalmente que passa uma mensagem positiva.
DJ MAG BRASIL: Qual música não pode faltar de jeito nenhuma nas suas playlists e sets de casamento?
Queen – Don’t Stop Me Now
DJ MAG BRASIL: Entre os clubes e festas por onde você já passou, qual é aquele que marcou a sua carreira?
Essa pergunta é muito difícil de responder pois eu dependo de alguns fatores pra conseguir te traduzir. Meu humor no dia, a energia do público, o som, a escolha das músicas, a receptividade do contratante, a vibe do lugar… tudo isso influência para marcar na carreira. Porém posso citar algumas festas / clubs que são ícones na minha carreira: Festa do Óscar (preciso comentar? rs), Helvetia b2b com o Pic Schmitz, MOL as 7 da manhã com a pista lotada, fechamento do show do Alesso em BH, Rio Carnaval dos Sonhos no Maracanã com 20 mil pessoas, Festival de Cinema de Gramado onde a pressão é absurda na pista, Réveillon de Carneiros onde toquei praticamente todos os dias, Réveillon de Punta que foi muito marcante pra mim, minha festa Tisno que fizemos sem pretenção alguma e a energia foi contagiante… enfim, ainda tem as baladas como Provocateur Porto Alegre (primeira balada que toquei fora do estado de SP), Café de La Musique Jurerê, BC Club no qual fui residente por 5 anos, Sub Club…mas de verdade? Bagatelle é o lugar que mais marca a minha carreira, as noites de lá sempre surpreendem qualquer um! Cada noite lá é uma história diferente com um público e momentos diferentes. No final, não importa se tem 1000, 100 ou 10, importa a energia que você consegue transmitir! Pra não ser injusto: Bagatelle Rio de Janeiro numa quinta pré campeãs, quem foi sabe do que estou falando!
Oscar 2017 2
DJ MAG BRASIL: Se você pudesse escolher um DJ para fazer um B2B agora, quem você escolheria para dividir a cabine com você?
Nacional seria o Pic Schmitz e Internacional o Fatboy Slim
DJ MAG BRASIL: Como foi a sua carreira internacional? Conta um pouco onde você morou e onde se apresentou?
Cara eu morei durante um tempo em Chicago, lugar que me apresentou o que é a House Music. Quase não saía por lá, porém as poucas vezes foram históricas. De lá pra cá, começei tocando pela América Latina, fui fazer o Réveillon de Punta Del Este (UY), depois toquei em um club em Mendonza (ARG) e voltei mais umas 4, 5 vezes para o Uruguai. Neste meio tempo o Bagatelle me convidou para tocar em algumas das suas unidades (Nova York, Miami, Punta, Courchevel & etc.), e ai começei a trilhar um caminho fora do Brasil muito pelos casamentos e Destination Weddings também. Já toquei mais de 20 vezes fora do país em função de casamentos, acho isso muito legal pois é um momento de celebração, então nunca foi perrengue. Todas às vezes temos ótimas lembranças para recordar. Itália, Colômbia, Portugal, Espanha, Estados Unidos, Mexico, Grécia, França e por aí vai…
DJ MAG BRASIL: O que vc pensa em transmitir com essa musica nova pras pessoas?
Felicidade. Apenas isso.
DJ MAG BRASIL: Como está sendo sua rotina após o decreto da querentena por causa do coronavírus?
Esta sendo bom para reorganizar internamente tudo aquilo que sempre reclamamos que não temos tempo para organizar. Espiritualmente e fisicamente. Acho que o mundo estava precisando dar uma segurada. Pesquisando muita música, estudando bastante, lendo livros novos, me alimentando bem, tocando, fazendo lives, refazendo conteúdos relacionados a minha carreira… UFA! Aqui a gente não para rs.


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