Absurdo! A repórter Brianna Hamblin, do canal Spectrum News, nos Estados Unidos, deu uma pequena demonstração de como é ser uma jornalista mulher de campo. Em um vídeo, postado em seu Instagram recentemente, a profissional é assediada por um rapaz que passava na rua um pouco antes dela entrar no ar. O homem faz comentários sobre a sua aparência e sobre sua cor de pele, a fetichizando.

Brianna se preparava para sua entrada ao vivo, quando um primeiro homem passa e pergunta educadamente se está aparecendo nas filmagens. O cinegrafista avisa que a transmissão ainda não havia começado. Nesse momento, um segundo homem se aproxima e começa a assediar a repórter. “Você é bonita pra car*lho. P*rra. É melhor eu não estar aparecendo nessa mer*a de câmera“, disse.

De maneira alterada, ele pergunta o motivo para a gravação, ao que a jornalista responde que ele poderia descobrir assistindo à TV. O homem, então, dispara: “Sabe, é por isso que eu não posso ficar sozinho com uma mulher negra. Ou uma m*rda de uma m*lata. Não suporto essas mulheres brancas”. Visivelmente incomodada, ela retruca: “Acabamos por aqui, tenha um ótimo dia”.

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O assediador não dá ouvidos e continua com os assédios. “Você é sexy pra c*ralho“, comenta. Ele se afasta e a câmera foca na expressão chateada da repórter. Na legenda de seu post, Brianna relatou que esse tipo de situação é comum. “Infelizmente, como mulher, e especialmente mulher jornalista em campo, receber cantadas ou ser assediada acontece com tanta frequência que você aprende a ignorar. Dessa vez, por acaso, aconteceu segundos antes de eu entrar no ar. Têm muitas coisas erradas nisso“, escreveu.

Brianna registrou em vídeo o momento em que é assediada. (Foto: Reprodução)

Ela enumerou, ainda, alguns dos problemas vistos no vídeo. “Se você não quer aparecer na câmera, apenas a evite ou peça gentilmente para não aparecer. Não ande em direção dela ou faça uma cena”, aconselhou. Ela também rebateu as alegações de que o mundo estaria chato e que, agora, não se poderia mais elogiar as mulheres. “O primeiro homem disse: ‘você está bonita’, enquanto continuava andando, isso está tudo bem. Foi o segundo homem que levou isso para outro nível nojento, que não havia necessidade“, afirmou ela.

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A audácia das coisas que homens dizem para mim nunca para de me surpreender. O que faz você pensar que as mulheres querem ouvir isso? Não é lisonjeiro. É desconfortável, é nojento. Ser uma mulher negra nesta indústria tem suas próprias dores de cabeça, mas falar mal de um grupo de mulheres para ‘elogiar’ outro grupo NUNCA é bom. Isso apenas mostra que você tem um fetiche nojento baseado em estereótipos, o que também é racista. Eu tive sorte de ter um cinegrafista comigo. No meu último trabalho, eu precisava lidar com essas coisas SOZINHA, como a maioria das mulheres jornalistas. Não é seguro, é assustador“, finalizou. Assista ao vídeo revoltante:

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