O influenciador e DJ Douglas Mello, mais conhecido como Doug Mello, foi diagnosticado com a Varíola dos Macacos. Ele é o décimo caso confirmado da doença no Brasil. Nesta sexta-feira (24), em entrevista para a jornalista Fabia Oliveira, colunista do portal Em Off, o rapaz apontou como teria sido contaminado, explicou quando começou a sentir os primeiros sintomas e como está tratando a infecção.

Douglas afirmou que não teve contato com ninguém de fora do país e que provavelmente foi contaminado durante uma festa eletrônica em São Paulo, que aconteceu na quinta-feira (16). “Eu sou DJ, eu toco em festas, mas nesta vez eu fui a passeio, estava de férias. Fui para curtir mesmo. Lá eu cumprimentei, abracei e beijei um monte de gente. Tive bastante contato físico. Quando cheguei em casa, eu já cheguei com febre. Percebi que alguma coisa não estava legal. Quando acordei, minha camisa já estava toda molhada e ainda com febre”, disse.

Assim que sentiu os primeiros sintomas, o influenciador procurou um médico dermatologista de confiança, que logo desconfiou do diagnóstico por causa das erupções que apareceram no corpo dele. “Ele me disse que passaria uns exames pra eu fazer, mas disse que o único lugar que faz era o Emílio Ribas, porque ele estava achando que eu estava com a Varíola dos Macacos. Eu fiquei em choque. Ele desconfiou porque eu estava como se fosse com três espinhas, uma debaixo da barba, uma no peito e outra na coxa. Na coxa eu achei até que era um pelo encravado. Ele disse que estava muito estranho e que não era um pelo encravado. Na mesma hora, fui levado direto ao Emílio Ribas”, lembrou.

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Ele ainda detalhou sobre como foi o processo para detectar o vírus Monkeypox, causador da Varíola dos Macacos, no organismo. “Chegando lá, eles arrancaram um pedaço da minha pele pra fazer o exame no laboratório e aí eu fiquei 48h isolado esperando o resultado. Quando foi ontem, me ligaram e mandaram o exame falando que eu era o décimo caso no Brasil confirmado. Até tiraram umas fotos pra levar pra um congresso que iria ter, porque nem eles sabem o que fazer comigo”, falou.

Influenciador é décimo brasileiro infectado com Varíola dos Macacos (Foto: Reprodução/ Instagram)

“As bolhas, que pareciam espinhas num primeiro momento, explodiram. Pareciam umas bolhas com água, doeu muito. Mas depois que explodiu começou a secar. Estou tomando medicamento para controlar a febre, porque até ontem ainda estava com um pouco. Como não existe tratamento, estou só cuidando dos sintomas com medicações para a febre e para dor”, detalhou Douglas sobre como a doença se manifestou nele e o os cuidados que está tomando.

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O rapaz ainda contou que teve uma forma mais branda da doença. “Segundo me informaram, eu sou o décimo caso e todos os casos não estão se espalhando pelo corpo todo. Teve um caso que o homem teve no pênis, teve outro que deu duas (erupções) no rosto, mas não está tendo a contaminação do corpo inteiro. Desta vez está mais localizado, segundo me disseram”, explicou o DJ.

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Doug Mello mostra erupções após se secarem com o rompimento. (Foto: Reprodução)

De acordo com o DJ, ele está isolado em casa e todas as consultas com os médicos estão sendo feitas online. O jovem divide apartamento com um amigo que está temporariamente proibido de retornar para o local. “Por sorte, ele está viajando, mas agora ele só está liberado pelos médicos para voltar daqui a duas semanas”, afirmou.

O que é a varíola dos macacos?

A monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos no Brasil, é uma rara doença viral. Sua transmissão ocorre através do contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões na pele. Abraços, beijos, relações sexuais, toques, ou secreções respiratórias próximas e por tempo prolongado podem causar a infecção da doença.

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De acordo com o governo de São Paulo, “a transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente. Não há tratamento específico, mas de forma geral os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões”, conforme nota divulgada à imprensa.

Vacina é a principal recomendação da OMS para conter o vírus. (National Cancer Institute; Unsplash)
Como a varíola humana foi erradicada há 40 anos, ainda não há vacinas disponíveis para o público geral. Mas estudos indicam que elas seriam até 85% eficazes contra a varíola dos macacos. (Foto: National Cancer Institute; Unsplash)

Os sintomas iniciais incluem linfonodos inchados, febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios, cansaço, entre outros. Até três dias após esses primeiros sintomas, os pacientes desenvolvem lesões na pele. Essas feridas podem surgir nas regiões das mãos, pés, peito, rosto, boca, ou mesmo nos genitais. A varíola dos macacos pode ser letal, mas o risco é baixo. O que se sabe é que das duas vertentes do vírus que têm circulado pelo mundo, uma tem a taxa de fatalidade em cerca de 10%, enquanto a outra taxa é de apenas 1%.

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Os principais cuidados na prevenção da doença incluem evitar contatos próximos e íntimos com a pessoa doente, enquanto as feridas não estiverem cicatrizadas. Além disso, é importante higienizar as mãos, lavando-as com água e sabão e com uso de álcool em gel. Outro ponto fundamental é evitar contato com materiais utilizados pela pessoa infectada, como roupas de cama, de banho, ou outros itens do tipo.



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