Ganhou força nos últimos dias uma movimentação política para que clubes sejam reconhecidos como instituições culturais na Alemanha. Como repercutiu o Resident Advisor, na semana passada um grupo de parlamentares abriu a discussão para que as casas passem a ter esse status nas “Baunutzungsverordnung”, as regulamentações de uso de construções do país.

Com a mudança, os locais passariam a estar na mesma categoria de teatros ou casas de ópera e de concertos. Atualmente, como locais de entretenimento, são vistos oficialmente no mesmo patamar de cassinos e bordéis.

Um dos principais objetivos do projeto é frear o “clubsterben”, palavra em alemão que representa o movimento de fechamento de diversos clubes em áreas urbanas (principalmente de Berlim) nos últimos anos — o caso notável mais recente foi o da boate berlinense Griessmuehle, que apesar dos protestos, já não opera mais. Como instituições culturais, eles seriam protegidos pelos códigos de construção da cidade e do país e pelos planos de desenvolvimento urbano.

Outro efeito do reconhecimento seria a redução da tributação desses locais. Desde a queda do muro de Berlim, a cultura clubber teve papel fundamental no desenvolvimento econômico e cultural da capital, atraindo milhares de artistas e turistas para a cidade. Em 2016, o Berghain conseguiu na justiça o status de instituição cultural, o que não se estendeu aos outros clubes do país. 

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