A disputa pela herança de Gugu Liberato ganhou um novo capítulo nesta semana. De acordo com uma reportagem do “Fantástico”, exibida no domingo (27), os advogados de Rose Miriam di Matteo, mãe dos filhos do apresentador, entregaram na Justiça um novo documento que comprovaria a união estável entre ela e Gugu.

Desde o final do ano passado, a médica está na Justiça para ser reconhecida como companheira do apresentador, que faleceu em novembro, e, assim, ter direito à metade do patrimônio que ele construiu enquanto estiveram juntos. O testamento deixado por Gugu dividiu 75% de sua fortuna para seus três filhos e 25% para os cinco sobrinhos. Rose Miriam não foi citada na divisão da herança.

A situação tomou um novo rumo quando a defesa da suposta viúva apresentou à Justiça brasileira que analisa o processo de reconhecimento de união estável, a tradução de um documento no qual Gugu fazia uma doação para Rose investir dinheiro nos Estados Unidos e, consequentemente, obter o Green Card, visto de residência permanente.

Em julho de 2015, a médica se mudou com os três filhos, João Augusto, Sofia e Marina, para Orlando, na Flórida. No ano seguinte, ela iniciou o processo para ser residente oficial norte-americana. Entre as várias maneiras para se obter o Green Card, estava a de investir pelo menos US$ 500 mil no país, de acordo com as regras de 2016.

Gugu, Rose e os três filhos: João Augusto, Sofia e Marina (Foto: Reprodução/Instagram)

Gugu fez uma doação nesse valor para Rose e, para comprovar a procedência do dinheiro, deixou tudo documentado. A declaração do apresentador às autoridades de imigração norte-americanas, em inglês, passou por uma tradução juramentada, registrada em cartório, a pedido da defesa de Rose. Assinado por Augusto Liberato, o documento diz que Gugu tinha uma fortuna de mais de R$ 200 milhões e cita Di Matteo como companheira dele.

“Tenho uma companheira de muitos anos, Rose Miriam Souza Di Matteo, que é mãe de nossos três filhos: João, Marina e Sofia”, declara a tradução do texto apresentada às autoridades. “Presenteei US$ 555 mil da minha conta para uso pessoal da minha companheira”, completa, na sequência. No fim, o documento ainda diz: “Declaro que o acima exposto é verdadeiro e correto, tanto quanto é do meu conhecimento, sob pena de perjúrio”.

De acordo com o advogado de Rose Miriam este seria o “Santo Graal” das provas. “Ele (Gugu) declara, neste documento, sob pena de cometer perjúrio, ou seja, de estar mentindo ante à Justiça americana, que Rose Miriam era sua companheira de longos anos e para criação, inclusive, dos próprios filhos”, explicou Nelson Wilians ao “Fantástico”.

Rose, Gugu e os filhos em uma viagem em família (Foto: Reprodução/Instagram)

Para a família do apresentador, no entanto, a nova prova seria apenas uma “isca passageira” para induzir a opinião pública ao erro. “Sobre o documento afirmado novo, a defesa de Gugu Liberato esclarece que não falará sobre o caso através da mídia, somente no processo, em respeito ao sigilo judicial, que obedece”, inicia a nota emitida pelos advogados.

O comunicado segue: “Lamenta que a parte adversa assim não aja, voltando a público para explorar um documento, que é velho, em busca de novos holofotes, que lhe faz o gosto, descumprindo determinações judiciais. Eventuais interpretações ou traduções distorcidas da realidade, trazidas pelo advogado da parte contrária, não se prestam a dar credibilidade à tese de União Estável, por sinal instituto não reconhecido pelo direito americano, no âmbito federal ou no Estado da Flórida”.

Quando pontua “traduções distorcidas da realidade”, a família refere-se ao termo utilizado por Gugu no documento em inglês. “Partner” pode ter significados diferentes dependendo do contexto. Como analisado pelo advogado de Rose Miriam pode, de fato, ser associado a “companheira” ou “a pessoa com quem você tem uma relação exclusiva, mas não é casado”. Mas pode significar também “sócia” ou “parceira de negócios”.

“Essas iscas passageiras lançadas na mídia não passam de fanfarronices que visam, exclusivamente, induzir a erro a opinião pública que desconhece o processo. Não é dado a ninguém o poder de interpretar qualquer documento, função exclusiva do Poder Judiciário brasileiro. Especulações são incompatíveis com a verdade real e não autorizam transformar a vida de Gugu em um espetáculo nacional. A verdade, sempre, prevalece”, finaliza a defesa da família de Liberato.

A decisão de levar, ou não, em consideração o novo documento fica a cargo do juiz do caso. Assista à íntegra da reportagem do Fantástico:

https://www.youtube.com/watch?v=y6IHHCJF4Ho

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