O cadeirante que repercutiu na mídia após ser parado por uma blitz, em fevereiro deste ano, foi surpreendido pelo Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ). E não foi com punições… João Marcelo recebeu um convite para fazer um curso de direção para carro adaptado após ser flagrado dirigindo um automóvel com a ajuda de um cabo de vassoura.

Na ocasião, o homem, que não possui as duas pernas, revelou que também não tinha a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O Detran-RJ revelou, nesta segunda-feira (8), que chamou João Marcelo para participar do Cidadania Sobre Rodas, programa que oferece aulas gratuitas de direção para quem precisa de veículo adaptado.

Em vídeo, o cadeirante disse que aceitou fazer o curso e explicou o motivo de dirigir sob aquelas circunstâncias. “As coisas em casa apertaram, né? E eu tive que encontrar um meio de trazer o sustento para dentro de casa. Fui para rua, né? Trabalhar com carro de aplicativo, só que sem a CNH. Acabou que aconteceu o fato de eu ser pego“, relembrou.

Alessandro Leone, presidente da comissão PCD do Detran-RJ, afirmou que o comitê se sensibilizou com a situação e procurou por João Marcelo. “Correu atrás, no intuito de tentar localizá-lo e fazer com que ele viesse ao Detran no Dia D, da Cidadania Sobre Rodas, para dar entrada no processo da primeira habilitação“, disse ele.

O Alessandro entrou em contato comigo, tentando saber um pouco mais da minha história, o que estava acontecendo, por que eu não consegui resolver essa questão da habilitação. Ele me deu o suporte que eu precisava para poder dar o pontapé inicial e conseguir resolver essa questão. Despenquei de Campo Grande e vim“, completou o cadeirante. Assista:

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Relembre o caso

No dia 8 de fevereiro, uma blitz deflagrada, próximo à Rodoviária Novo Rio, pela Secretaria de Ordem Pública (Seop) e a Guarda Municipal do Rio de Janeiro, para fiscalizar veículos de aplicativos, táxis e carros de transporte complementar, parou um carro e descobriu que o motorista era cadeirante e dirigia com o auxílio de um cabo de vassoura.

Segundo a Seop, o automóvel de João Marcelo não era adaptado para ser conduzido por pessoas com deficiência e estava sem a placa dianteira. Além de estar sem a carteira de habilitação, o órgão também informou que o condutor usava o aplicativo através de uma conta no nome do vizinho. Reveja:

O automóvel foi multado e rebocado para o pátio da Prefeitura em São Cristóvão, na Zona Norte. Nesta mesma ação, 123 veículos foram abordados, com 51 infrações ao Código de Trânsito Brasileiro aplicadas e 11 veículos foram rebocados por infrações como ausência de documentação, mau estado de conservação ou por trafegar ilegalmente na calha do VLT.



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