O novo coronavírus atingiu em cheio a tradicional cultura clubber de Berlim. Ao longo da última semana, eventos foram cancelados e diversas casas tradicionais fecharam as portas voluntariamente. Na sexta-feira (13), o prefeito Michael Müller determinou o fechamento compulsório de todos os clubes, bares, pubs e lounges até 20 de abril. 

A medida está em vigor desde sábado (14), mas parece já ter vindo com atraso. No fim de semana, o clube Kater Blau emitiu uma nota confirmando que um visitante do dia 7 de março testou positivo para o COVID-19. “No momento, não temos informações mais detalhadas (por exemplo, se os sintomas estavam presentes antes de visitar o clube)”, explica o comunicado. 

No dia 11, a Comissão de Clubes de Berlim já havia anunciado a criação de uma força-tarefa para enfrentar o coronavírus, buscando financiamentos coletivos para evitar o fechamento de vários destes locais. A comissão também fez sugestões para a contenção da pandemia, como a distribuição de folhetos informativos e a redução de 70% da capacidade de público das casas. 

Preocupado com o futuro do já ameaçado cenário underground da capital alemã, Steffen Hack, fundador do Watergate, fez um pedido em entrevista ao Resident Advisor: “Gostaríamos que o governo — que será responsável se tivermos que fechar — cubra os custos de aluguel, impostos e empréstimos”. Berghain, Tresor, ://about blank e OHM são alguns dos que fecharam antes da determinação. 

Com o fechamento, o Renate optou pelo livestreaming de apresentações nas noites em que haveria eventos no clube. Em Colônia, outra metrópole alemã, o Bootshaus Club também anunciou que deixará de operar até dia 19 de abril, a exemplo das casas de show e teatros estatais do país.

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