Eu fui a um festival como observador dessa vez, ao invés de ir como artista.

O line up era forte; todos os grandes nomes estavam lá.

Apesar da diferença de idades, todos os DJ usavam techno black. Da cabeça aos pés.

Eu fiquei ao lado do palco. E após mais de 12 horas de música, duas coisas me deixaram pensando. A música soava igual, o tempo todo, e ninguém estava mixando.

Grandes nomes. Nomes de primeira grandeza!

Estou fico um pouco perdido sem meus óculos, por isso, os trajes pretos faziam todos os DJs ficarem mais parecidos ainda.

Fiquei contente com o fato de que, em certo momento, um dos DJs teve o insight de se destacar um pouco dos outros e usar um chapéu durante o set.

Nós vivemos hoje na era da homogeneização. Não existe dúvidas de que o mundo de hoje é um lugar muito menor.

As mesmas marcas, nas mesmas lojas, em shoppings similares, vendem produtos idênticos, onde quer que você esteja.

As pessoas seguem as mesmas modas e cortes de cabelo, mesmo a milhares de quilômetros de distância.

No cinema e na TV o que mais vemos são remakes.

Livros só vendem bem se uma celebridade estiver envolvida.

Nenhum programa de rádio fica completo em incluir pelo menos um host familiar e famoso.

Os line ups de festivais e clubs são, muitas vezes, réplica idêntica dos mesmos line ups e artistas que todos – promotores e público – decidiram ser os novos vendedores de ingressos.


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