Com uma carreira que já ultrapassa 10 anos, André Gazolla pode ser considerado um artista referência para muita gente.

Quando as coisas começaram a mudar em sua carreira, em 2015, ano em que se apresentou no Rock in Rio, Gazolla viu seu nome decolar, literalmente, já que também passou por pistas internacionais, a primeira em Moçambique, na África.

Entre 2018 e 2019, foi vez de Estados Unidos, Costa Rica, México e Guatemala provarem o sabor de sua música, sempre muito enérgica.

Como produtor, lançou por Sprout, 303 Lovers, Natural Viva e outros selos que fizeram sua música chegar na mão de grandes artistas.

André ainda idealizou a Pyramid Waves, label independente que conta com a parceria de Ricardo Farhat na curadoria.

Falamos um pouco sobre isso tudo na entrevista abaixo:

Mixmag: André! Tudo bem? Obrigado por conversar com a gente. Você é um artista brasileiro que já conquistou grandes feitos, Rock in Rio, gigs internacionais… você se considera realizado ou ainda tem muito mais pra buscar?

André Gazolla: Opa, tudo ótimo! Acredito que ainda tenho muito para buscar, não só como profissional, mas também como pessoa… acho importante estarmos em constante evolução, sermos eternos aprendizes.

Sou muito realizado sim, porém quero conhecer o mundo através da minha música, quero poder me expressar para diferentes culturas, fazer amizades, absorver um pouco de cada lugar novo, eu não ligo muito para fama, prefiro ser um colecionador de momentos, afinal, o que vai restar são apenas esses momentos vividos eternizados comigo.

Além das pistas você também brilhou como produtor. Suportes de Laurent Garnier, Nicole Moudaber, Sidney Charles, Richy Ahmed, Paco Osuna, Hot Since 82… na sua opinião o que um produtor precisa para ver suas faixas chegando nas mãos de grandes DJs? Como é o caminho até esse ponto?

Primeiro de tudo você deve pensar que quando você produz uma música, você não faz ela exclusivamente pra você, você faz pro mundo!

As grandes gravadoras carregam em si identidades sonoras, é bom você dar uma estudada nos sons que mais venderam e fizeram sucesso na gravadora, e aí fazer uma soma entre sua identidade com o que eles querem lançar no momento.

É preciso ter paciência quando enviar demos, a demora muitas vezes é longa, mas sempre ouvem e a primeira impressão é a que vai ficar, portanto, não gaste a sua em vão, mande um som com uma boa qualidade de mix e master, e se tiver a oportunidade de entregar um pen drive pro dono da gravadora pessoalmente, melhor ainda!

Algumas oportunidade podem ser únicas…

Quando e como surgiu exatamente a ideia de criar a Pyramid Waves? Por qual motivo você escolheu ZAC e Farhat para estarem ao seu lado nesse projeto?

Antes da Pyramid eu tinha a Rolling Music, gravadora mais puxada para o Tech House, conseguimos emplacar bons lançamentos por aqui e com o tempo minha estética de som foi mudando, passei a tocar uma linha mais séria, um Techno mais progressivo, Tech House mais melódico, além de sons com elementos indianos, egípcios e árabes, foi aí que surgiu a ideia da Pyramid Waves.

Inicialmente queríamos lançar uma linha mais mística com uma pegada progressiva, uma label pra gente poder assinar o som da nossa galera, criar uma identidade nossa… o Farhat sempre esteve junto comigo em toda minha carreira e por isso chamei ele, o Zac se interessou no início e depois acabou saindo pra focar em outros projetos.


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