Ana Maria Braga abriu o coração ao falar sobre sua luta contra o vício em cigarro e café. Em entrevista ao “Conversa com Bial”, exibida nesta segunda-feira (29), a apresentadora contou que não parou de fumar nem quando foi diagnosticada com câncer de pulmão. Ainda, a global compartilhou detalhes sobre sua rotina de trabalho e relembrou a morte de Tom Veiga, o Louro José.

A apresentadora falou sobre o diagnóstico de câncer no cérebro. Em 2023, ela fez um programa com o seu oncologista e revelou que descobriu a doença em 2020. Ana Maria também enfrentou um câncer de pele em 1991, um tumor no reto e na virilha em 2001, e um tumor no pulmão em 2015. Ela também já superou um nódulo na mama.

Questionada por Pedro Bial sobre onde ela tira serenidade e tranquilidade para lidar com as doenças, a apresentadora respondeu: “Eu já tinha passado por um câncer que ocasionou esse pequeno tumor no cérebro. E na época, quando ele falou, eu não tinha noção assim real, do que significa. Eu tinha 30%, [de chance], que também era pequena. Ele sempre foi realista e eu aprendi com ele que a gente precisa acreditar no tratamento, naquilo que você está se propondo a fazer“.

Ele dizia assim: ‘Você está entrando em uma guerra e eu vou lhe dar as armas para essa guerra. Você vai comandar esse soldados que você tem no seu corpo’. É uma questão de acreditar. […] Tinha que ter uma calma ali, se eu não tiver calma dentro de mim… Não adianta me desesperar. Posso morrer até hoje, como todos nós“, disse Ana.

Vícios

O apresentador, então, perguntou se Braga já tinha parado de fumar. “Parei! É tão bom fumar, é verdade. Ele (Bial) fumou também“, disse ela, aos risos. “Eu não criei vergonha na cara. Eu, na verdade, comecei a ter problemas. Eu tive câncer de pulmão e não parei de fumar lá atrás. Já tinha tido outros cânceres. De repente, eu comecei a sentir… Isso, eu acho que é até um alerta para as pessoas que fumam. Eu acho que o que aconteceu comigo, pode acontecer com qualquer pessoa que insiste em fumar, como eu insisti ao longo da minha vida“, pontuou. Veja:

Ana Maria, por sua vez, revelou como um problema na circulação sanguínea serviu de alerta para largar os cigarros. “Eu gosto muito de andar, e começou a me doer a perna, uma dor lancinante. Parecia que faltava oxigênio, circulação“, explicou ela, que foi procurar um médico após ser aconselhada por uma acupunturista. “Eu estava entupida! Eu estava com as veias entupidas.  Cigarro. Coloquei três stents nas duas pernas e, depois de oito meses, um deles entupiu… E eu ainda não tinha parado de fumar. Um deles entupiu, eu voltei lá em novembro do ano“, acrescentou.

Parei, voltei escondido. Falei que parei pra todo mundo, mas às vezes eu ia lá escondido. Depois desse entupimento do stent, eu saí da cirurgia e falei que nunca mais. Eu parei de tomar o café, coisa que eu adoro, mas o café era o meu start. Tomava café e precisava fumar. E para fumar precisava do café. Eu troquei pela água. Hoje eu tomo muita água. Sem gás! Hoje eu tomo muita água“, contou a global. Assista:

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Tom Veiga

Bial também citou a morte de Tom Veiga, que dava vida a Louro José. Ele mostrou um trecho do programa de 2 de novembro de 2020, que fez uma homenagem ao comediante. “Você cogitou não trabalhar neste dia? Ou encarou isso como uma missão?“, perguntou ele. “Esse período foi no meio da pandemia. Ali a gente tava na cozinha da minha casa. A gente passou a transmitir o programa de lá. Não tinha como eu não contar, não tinha como não falar [sobre ele]. Eu ia chegar no outro dia e falar ‘o Tom morreu ontem’?“, refletiu. Confira:

Ana Maria disse que ainda não entende a partida precoce de Veiga e falou como surgiu o personagem do papagaio. “Foi uma coisa assim que, para mim, ainda não tem explicação até hoje. Tom era jovem, 40 e poucos anos. Era filho… Ele foi escolhido, eu tava na Record ainda quando o Louro nasceu. Ele foi criado de uma necessidade de conversar com o público infantil, que eu vinha de uma programação infantil“, contou ela.

A apresentadora também falou sobre a chegada de Louro Mané. “Eu fiquei um ano pensando, mas o show tem que continuar. Eu sentia que… Falei ‘não vai ter ninguém’. Eu não acreditava mesmo que eu conseguisse. Parecia que a gente estava invadindo uma coisa sagrada, um universo dele. Até hoje o Tom é o Tom. Eu pedi licença, rezei, mandei fazer uma missa, conversei, sonhei muito com ele (Tom). Aí passado um tempo, quase dois anos, eu falei chegou a hora de a gente continuar. E o Fábio [Caniatto], que tá agora, é um menino excepcional. Eu acho que a vida é tão generosa comigo“, completou.

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Rotina de trabalho

Ana Maria, ainda, falou sobre a rotina na Globo e contou o motivo de chegar à emissora por volta das 07h. “Todo mundo pergunta por que chegar tão cedo. Primeiro porque eu sou mulher, e mulher requer um pouco mais de rebocos e coisas mais do que os homens. Além do que eu participo muito da feitura do programa, às vezes a gente muda algumas coisas. O nosso roteiro é dinâmico“, disse a apresentadora.

Além disso, ela explicou como é fazer um programa ao vivo diário. “A gente corre alguns riscos no ao vivo. Tudo pode acontecer e acontece. A gente tem o direito de errar, e a gente erra. A gente às vezes comete gafes que viram memes, a gente não tá fazendo para virar meme. A gente é um meme ambulante, porque tá tudo ao vivo na casa de todo mundo“, concluiu.



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