Whindersson Nunes detalhou o período em que ficou internado em uma clínica de reabilitação, no início deste ano. Em entrevista ao podcast do SBT, “Pivotando”, divulgado nesta quinta-feira (5), o humorista contou que seguiu com o tratamento em sua casa, e que recebeu um diagnóstico durante a internação que o fez entender algumas atitudes.
Em seu relato, Whindersson revelou que o tratamento foi motivado pelo vício em bebidas alcoólicas. “Eu comecei a perceber pela bebida, fui notando comportamentos em mim. Estava começando a perceber que eu não conseguia parar. Então, eu pensei: ‘Se não estou conseguindo parar de beber, muitas outras coisas não estou conseguindo parar também’. Eu prestei atenção nisso“, explicou.
O humorista contou que a internação veio após o conselho de um amigo. “Ele me falou: ‘Whindersson, eu já fui para uma clínica, fez muito bem para mim’. Naquela época [há muitos anos], as coisas eram mais firmes quando você ia para um centro de reabilitação, é por isso que as pessoas têm uma má impressão“, disse.
“O pessoal pensava que eu estava preso, [que eu ficava de] camisa de força. Não foi. Em 2025, fui porque quis, um lugar que fui muito bem acolhido, foi muito bacana. Lá, eu tive um diagnóstico de superdotação“, relatou.
Whindersson disse que fez o teste neuropsicológico com a especialista da clínica e contou as consequências do diagnóstico. “Deu um QI elevado, uma parada de altas habilidades para a criatividade. E com tudo [isso] veio uma coisa ruim, está no laudo: compulsividade e impulsividade. Eu sou uma pessoa compulsiva e impulsiva“, compartilhou.
Em seguida, ele esmiuçou a análise. “Para mim, tudo é agora e tudo é na hora. É muito fácil eu cancelar uma entrevista. Dentro da minha cabeça, é uma facilidade tão grande, que parece que não estou me importando, mas não é. É um traço que eu tenho da impulsividade. E a compulsividade é a parada de não conseguir parar“, detalhou.
O diagnóstico da superdotação se tornou essencial para a vida do humorista. “Assim que saiu o laudo, eu entendi. É por isso, então, que às vezes eu coloco um copinho de whisky só para esquentar e quando vou ver, já sequei a garrafa toda. Sozinho e sem um amigo para conversar. Está errado isso, aí eu entendi a compulsividade“, contou.
“Comecei a me controlar mais em todas as outras áreas, [como] relacionamento. Mulher vicia, pornô vicia, exercício físico vicia, açúcar vicia, tudo vicia. Eu comecei a me policiar com essa parada“, completou.
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