Na manhã dessa quinta-feira (13), um incêndio tomou conta de um dos apartamentos do edifício Mansão Bois de Boulogne, que fica localizado no bairro da Barra, em Salvador. A repórter Driele Veiga, da TV Aratu, afiliada do SBT, fazia cobertura ao vivo do ocorrido quando foi intimidada por um morador a deixar o local. O rapaz chamou um segurança e solicitou a dispensa dos profissionais.

Acontece que outra equipe de imprensa também estava presente por lá, mas não foi convidada a se retirar. Driele, por sua vez, não acatou a decisão: “São duas equipes de imprensa que estão aqui, por que o senhor só está abordando a equipe da TV Aratu? Se uma pode, a outra também pode”. “Uma (das equipes) já estava aqui e é amiga do morador”, devolveu o funcionário do prédio. “Ah, olha aqui, temos um morador que está beneficiando outra emissora e estamos sendo colocados para fora”, comentou ela.

Não contente com a situação, a jornalista então se aproximou de outros moradores e perguntou se poderia ser “convidada” por algum deles, já que essa, supostamente, era a condição para permanecer ali. “Vocês são moradores aqui do edifício? Vocês poderiam me convidar pra ficar aqui dentro? Pronto, agora estamos convidados! Estamos autorizados pelo morador do 402, você (segurança) não pode me tirar porque sou convidada do 402. Se for me tirar, vai ter que tirar o convidado do outro morador”, avisou.

Veiga então voltou para a área comum do prédio e, enquanto conversava com o síndico, foi chamada de “ousada” pelo tal morador que a queria fora dali. Ela, entretanto, não hesitou em responder: “Sou ousada mesmo, graças a Deus! É por conta dessa ousadia que eu trabalho neste canal”. No final das contas, ambas as equipes de reportagem foram retiradas do local. Os vídeos da reportagem, claro, já estão viralizando na web. Confira:

Horas mais tarde, a jornalista recorreu às redes sociais para dar mais detalhes sobre o caso. Driele ainda compartilhou um vídeo de dez minutos da matéria, mostrando outros momentos em que teria sido, segundo ela, coagida pelo morador. Na legenda, a repórter ainda explicou como tudo ocorreu. Confira a declaração na íntegra:

“Imagine você estar trabalhando numa cobertura de incêndio e ter um morador que quer atrapalhar o seu serviço e beneficiar uma emissora concorrente. O advogado e morador do prédio que pegou fogo na Barra (Adriano Lacerda) tentou me intimidar. Ele mais do que ninguém deveria saber que direitos são iguais. Lá no local do fato, estava acompanhado da apresentadora Jessica Smetak Paoli, da emissora que quis beneficiar. Por sinal, profissional exemplar. Jornalista como eu, acredito que a mesma não compactuaria com essa proteção.

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O pior que o tal advogado alegou que a concorrente estava lá por que era convidada dele. Chamou o síndico para tirar a minha equipe do local. Prontamente, providenciei quem me convidasse também. Mesmo assim, ele não gostou de saber que o coleguinha dele do apartamento 402 me concedeu o mesmo benefício. É meu caro! Se você pode convidar, eu também tenho quem me convide. Aí, cada um que cuide do seu. Acham que ele se contentou? Que nada! Ainda pediu para o síndico chamar apoio militar. Para quê, filho? Se a concorrente pode ser sua convidada, por quê eu não posso ser convidada do vizinho? Oxe!

O síndico ficou numa super saia justa, mas se saiu bem e educado. O porteiro, coitado, ficou no meio do fogo cruzado. Mas estava fazendo o papel dele como eu fazia o meu. E aí já viu né? No final, todos eram convidados e todos saíram juntos. Um atrás do outro para não se perder. Me deixem trabalhar em paz, viu? Já disse que meu nome é Driele Veiga e não bagunça. A pois!”.



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