Marcelo Faria foi o convidado do Otalab, programa de Otaviano Costa, desta terça-feira (16). Durante a conversa, o filho de Reginaldo Faria contou que recebeu uma “visita” de José Wilker, depois da morte do ator. Na ocasião, Wilker deu a sua benção para que Marcelo interpretasse Vadinho – icônico personagem de “Dona Flor e Seus Dois Maridos” – no teatro.

O ator fez a revelação depois de Otaviano imitar Wilker, que morreu em 2014, vítima de um infarto. “Você sabe que eu recebi uma mensagem dele em um sonho, né?!“, confessou o galã. “Eu sonhei, depois que ele morreu, que ele conversava comigo e falava: ‘Faça o seu Vadinho. Não se preocupa‘”, revelou. José havia dado vida ao personagem no filme de 1976, também baseado na obra de Jorge Amado.

Eu acredito nisso para caramba, eu sou espírita, tenho essa relação… Acho que nada termina, tem essa continuidade. Até porque, se não, não tem sentido a vida. E foi muito forte [o encontro], muito forte mesmo. Ter tido esse sonho foi muito incrível. Eu adorava o Wilker. Sempre adorei“, completou Faria.

Em seguida, ele compartilhou que chegou a conhecer o astro em vida. “Eu encontrei o Wilker antes e ele falou que não tinha conseguido assistir [à peça] porque ele fazia um espetáculo na época, mas ele sabia, de ouvir, que estava sendo maravilhoso. É muito legal você ouvir de um cara que você admira“, continuou.

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Marcelo também explicou o processo criativo para interpretar “seu próprio Vadinho“. “Quando a gente foi fazer a peça, eu pensei ‘não vou assistir ao filme’. Eu acho que o Vadinho foi um dos maiores desafios que eu tive na carreira. Eu me apropriei muito dele, né?! Porque eu fiquei cinco anos fazendo a peça”, contou. Confira:

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No bate-papo, Faria ainda relembrou outros pontos altos de sua carreira. Um deles, foi Ralado, seu personagem em “Quatro por Quatro”, de 1994. “O Ralado foi o personagem que me colocou em um lugar de muito destaque. Na época, não tinha rede social… Eu era o campeão de cartas da TV Globo! Era uma coisa louca! A gente ia pegar o roteiro e era uma loucura de cartas“, celebrou. “A Luana [Piovani] era meu par, meu dueto. Era maravilhoso, era muito legal. Acho que foi muito marcante“, disse.

Ele também falou sobre as duas vezes em que atuou com Fernanda Rodrigues, nas novelas “Corpo Dourado”, de 1998, e “Vila Madalena”, do ano seguinte. “A gente até brincava que a gente era Tarcísio e Gloria. Depois disso, ‘Celebridade’. Não tem como esquecer. Porque foi o bombeiro com a Darlene e com a Jaqueline Joy – que eram nada mais, nada menos que Juliana Paes e Deborah Secco“, opinou. Assista:

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A carreira de Marcelo, no entanto, não foi feita apenas de “dias de glória”. Em certa altura da conversa, ele também dividiu alguns perrengues que já passou durante a trajetória. Um deles foi quando subiu ao palco enquanto “fervia em febre”.

Já fiz [peça] com 38ºC, 39ºC de febre. Lá no [Theatro] São Pedro, em Porto Alegre, com meu pai. Em 1996, por aí. Eu tava derrubado, e o São Pedro tem uma caminha no camarim. Eu fiquei deitado, literalmente, coberto. Porto Alegre, frio e eu dormindo até faltar 20 minutos para começar o espetáculo. Acabou a peça sem febre, né?! Porque a gente joga tudo para fora“, afirmou. Veja:

 



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