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Justiça toma decisão em caso de anestesista preso por estupro de paciente grávida no RJ

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tomou uma decisão sobre o caso do anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ele foi preso após ser flagrado estuprando uma paciente durante o parto, em 2022. O réu foi condenado a 30 anos de prisão, em regime fechado, por estupro de vulnerável contra duas mulheres.

O anestesista também foi condenado a pagar R$ 50 mil de indenização a cada uma das duas vítimas Na sentença, o juiz da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti negou o pedido da defesa de Quintella para que ele recorresse ao processo em liberdade.

“A prisão do acusado mostra-se necessária para a garantia da ordem pública, especialmente diante das circunstâncias concretas do crime e do modus operandi empregado, caracterizado por estupro de vulnerável e por evidente descontrole de seus impulsos sexuais, circunstâncias que evidenciam a periculosidade concreta do agente e a probabilidade de reiteração criminosa”, disse o juiz.

“A frieza demonstrada na execução do delito reforça a necessidade da segregação cautelar, diante do fundado receio de nova prática delitiva. Nesse sentido, firmou-se o entendimento da Corte Superior de que deve ser mantido o decreto prisional preventivo respaldado na gravidade concreta da conduta investigada, no ardiloso modus operandi empregado na empreitada criminosa, na potencial periculosidade do agente e no fundado risco de reiteração delitiva”, concluiu.

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Entenda o caso

Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, foi preso em flagrante em 2022, após estuprar uma paciente que passava por uma cesárea. A prisão do anestesista se deu depois que colegas entregaram uma filmagem à polícia, na qual ele aparecia colocando seu pênis na boca da paciente que estava inconsciente. Segundo os policiais, a mulher estava dopada quando o abuso ocorreu. Os funcionários do local relataram que já vinham desconfiando da conduta do médico por conta da quantidade de sedativo que ele aplicava nas grávidas.

A cena do flagra se deu a menos de um metro de onde a equipe hospitalar fazia o parto da mulher. Durante cerca de dez minutos, Giovanni permaneceu quase imóvel para que os outros não percebessem o que estava acontecendo. Ao final, ele ainda limpa a boca da vítima para remover vestígios do crime.

Giovanni Bezerra foi preso em flagrante em São João do Meriti. (Fotos: Reprodução)

As enfermeiras que fizeram a gravação contaram ao g1 que trocaram propositalmente a sala em que aconteceria o procedimento. No mesmo dia, Bezerra já havia participado de outros dois partos em um local onde a filmagem seria inviável. O vídeo serviu de prova para a prisão em flagrante do anestesista.

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Com a prisão, relatos e denúncias inéditas vieram à tona. Uma paciente recordou conversas que teve com o médico, e desabafou sobre tudo o que viveu. O marido de uma das supostas vítimas disse ter sido tirado da sala de cirurgia antes do parto da mulher. Outras testemunhas também expuseram outros comportamentos e protocolos inusitados, que levantaram suspeitas sobre o criminoso.

Giovanni Quintella Bezerra
Giovanni Quintella Bezerra se especializou em anestesia há dois meses. (Foto: Reprodução / Redes Sociais)
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Pouco depois do flagrante, advogados de Giovanni desistiram de defender o anestesista, com a divulgação de outros depoimentos e evidências do caso. Vizinhos do médico também ficaram horrorizados com tudo o que aconteceu, descrevendo alguns comportamentos dele e detalhando sua rotina. Já ao chegar no complexo prisional de Bangu 8, o réu foi hostilizado por outros detentos.



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