McDreamy está mais pra McNightmare? Nesta quinta-feira (16), foram divulgados pelo The Hollywood Reporter trechos do livro “How to Save a Life: The Inside Story of Grey’s Anatomy”, escrito por Lynette Rice. A obra conta os bastidores da série de sucesso da ABC, mas algumas informações bombásticas sobre um ator muito querido pelos fãs têm chamado atenção.

De acordo com o ex-produtor executivo da atração, James D. Parriott, a situação ficou tão tensa entre Patrick Dempsey e a criadora da série, Shonda Rhimes, durante a 11ª temporada, que alguém precisou intervir e agir como showrunner da produção por 14 episódios, para tirar o ator do enredo. O escolhido, no caso, foi o próprio Parriott. “Houve problemas de RH. Não foi nada sexual. Ele meio que estava aterrorizando o set. Alguns membros do elenco tinham todo o tipo de [estresse pós-traumático] com ele. Ele tinha esse poder sobre o set em que ele sabia que podia parar a produção e assustar as pessoas. O canal e o estúdio vieram e nós tivemos sessões com eles”, explicou.

De acordo com a outra ex-produtora executiva, Jeannine Renshaw, quando Rhimes “finalmente testemunhou” o suposto comportamento de Dempsey, “foi a última gota”. “Shonda precisou dizer ao canal, ‘se ele não sair, eu saio’. Ninguém queria que ele saísse, porque ele era a série. Ele e Ellen. Patrick é um querido. Esse meio mexe com você”, apontou.

E parece que a relação do astro com a protagonista do seriado, Ellen Pompeo, também não era boa. “Houve momentos em que Ellen estava frustrada com o Patrick, e ela ficava brava que ele não estava trabalhando tanto [quanto ela]”, disse Renshaw. “Para ela, era muito importante que as coisas fossem justas. Ela apenas não gostava que Patrick reclamasse que ‘estava trabalhando tarde demais’, ou ‘eu estou aqui há tempo demais’, quando ela tinha o dobro de cenas nos episódios”, adicionou.

Patrick viveu Derek até a 11ª temporada, quando o personagem morreu em um acidente de carro. (Foto: Reprodução/ABC)

Ela também fez questão de afirmar que, quando confrontado com argumentos, Patrick demonstrava compreender. “Quando eu puxava o assunto com o Patrick, eu dizia: ‘Olhe em torno de você. Essas pessoas estão aqui desde às 6h30’. E ele respondia: ‘Oh, sim’. Ele entendia”, adicionou Jeannine. “É apenas que atores tendem a ver as coisas da própria perspectiva… Ele tinha tanta energia e dizia: ‘O que vai acontecer em seguida?’. Ele literalmente ficava doido de sentar e esperar. Ele quer estar na rua, dirigindo seu carro de corrida ou fazendo algo divertido. Ele é a criança da classe que quer entrar em recesso”, concluiu. Já segundo análise de Parriott, o motivo do comportamento problemático de Dempsey é porque ele estava  “de saco cheio da série”. “Ele não gostava da inconveniência de aparecer todo o dia e trabalhar. Ele e Shonda estavam um na garganta do outro”, afirmou.

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No livro, o próprio Patrick explicou seu lado e falou sobre seu comportamento nos bastidores. “Em 10 meses, 15 horas por dia. Você nunca sabe os seus horários, então os seus filhos perguntam: ‘O que você vai fazer na segunda?’. E você responde: ‘Eu não sei’, porque eu não sei os meus horários. Fazer isso por 11 anos é desafiador. Mas você precisa ser grato, porque você é bem pago, então você não pode reclamar, porque você não tem o direito. Você não tem controle sobre os seus horários. Então, você precisa ser flexível”, disse.

Ele também falou sobre suas motivações para permanecer no papel. “Era difícil dizer não para aquele tipo de dinheiro. Como você diz não para aquilo? É admirável ser um ator em atuação, e aí, no topo disso, estar em uma atração que tem tanta visibilidade. E aí, no topo disso, estar numa série tão fenomenal, que é conhecida ao redor do mundo, e interpretar um personagem que é amado ao redor do mundo. É muito inebriante. Era muito para processar, e não querer largar, porque você nunca sabe se você vai trabalhar de novo e ter sucesso de novo”, analisou o ator.

Patrick Dempsey ao lado de Ellen Pompeo em “Grey’s Anatomy”- de acordo com o livro, os dois não se davam muito bem… (Foto: Reprodução/ABC)

O personagem de Dempsey, Derek Shepherd, foi morto no final da 11ª temporada, apesar do ator ter voltado para reprisá-lo — dessa vez como uma “visão” de Meredith, que estava internada com Covid-19 — na 17ª temporada. No entanto, de acordo com Parriott, múltiplos cenários foram criados, antes da decisão final de matar o neurocirurgião em um acidente de carro. “Nós tínhamos três cenários diferentes que tivemos que criar, porque nós não sabíamos até três dias antes de ele voltar para o set qual nós iríamos seguir. Nós não sabíamos se ele seria capaz de negociar [que Derek não fosse ‘morto’ na série]. Nós tínhamos toda uma história em que nós manteríamos ele em Washington, então nós poderíamos separá-lo do resto da série. Ele não precisaria trabalhar com a Ellen de novo. Então, nós tínhamos um em que ele voltava, não morria, e nós descobríamos como seria a relação de Derek e Meredith. E aí tinha o que nós fizemos. Foi meio que maluco. No final das contas, foi decidido que trazê-lo de volta seria difícil demais para os outros atores. O estúdio disse que seria mais problema do que valia, e decidiu seguir em frente”, explicou.

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Por sua vez, um membro da equipe há anos, que preferiu permanecer anônimo, deu sua opinião sobre o assunto — e ficou do lado de Patrick. “Eu não estou defendendo o que ele fez. Eu gosto dele, mas ele era o Lobo Solitário. Todas essas atrizes estavam ganhando todo esse poder. Todas essas atrizes iam correndo para a Shonda e diziam: ‘Ei, Patrick está fazendo isso. Patrick está atrasado pro trabalho. Ele é um pesadelo’. Ele foi excluído. O comportamento dele não era o melhor, mas ele não tinha para onde ir. Ele estava tão miserável. Ele não tinha ninguém com quem conversar. Quando a Sandra [Oh] saiu, eu me lembro dele me dizer: ‘Eu deveria ter saído naquela época, mas fiquei porque eles me deram todo esse dinheiro. Eles estavam apenas jogando dinheiro em cima de mim’”. 

O livro chega às lojas no dia 21 de setembro… imagina quantas revelações mais ele nos reserva?

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