A Justiça dos Estados Unidos arquivou, nesta segunda-feira (9), o processo de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,12 bilhões) movido por Justin Baldoni contra Blake Lively. O caso, que envolvia Ryan Reynolds e o New York Times, girava em torno das acusações feitas pela atriz nos bastidores do filme “É Assim que Acaba“.
Ao Daily Mail, uma fonte próxima ao ator contou que ele está tendo dificuldades para lidar com o desfecho. “Justin sente como se tivesse levado um soco no estômago”, afirmou o insider.
Baldoni foi acusado por Lively de assédio sexual durante a produção do longa. A denúncia veio à tona em dezembro de 2024. Na época, o ator negou as alegações e, junto com o estúdio Wayfarer, entrou com uma ação por difamação contra a atriz, o marido dela, Ryan Reynolds, e a relações públicas Leslie Sloane. Ele também abriu um processo de US$ 250 milhões (R$ 1,39 bilhão) contra o New York Times, que publicou uma reportagem detalhando as denúncias.
O juiz responsável pelo caso entendeu que as alegações feitas por Blake estavam incluídas em uma queixa de direitos civis, o que significa que ela não poderia ser responsabilizada pelas declarações. Além disso, determinou que o New York Times apenas usou a denúncia como base legítima para a publicação da matéria, que expôs os bastidores conturbados da produção do filme.
Apesar da derrota, Baldoni ainda pode apresentar uma nova versão da ação contratual até o dia 23 de junho. Segundo a mesma fonte, ele segue confiante na equipe jurídica: “Ainda que esse tenha sido um tropeço, Justin continua confiando totalmente na sua equipe de advogados. Agora ele quer entender como pode seguir em frente depois desse golpe”.
Sony Pictures)
Blake Lively se pronuncia
Na tarde desta segunda (9), Lively se pronunciou sobre a vitória jurídica. “Na semana passada, estive orgulhosamente ao lado de 19 organizações unidas na defesa do direito das mulheres de se manifestarem em nome da própria segurança. Como tantas outras, já senti a dor de um processo movido por retaliação — inclusive a vergonha fabricada que tenta nos calar. Embora a ação contra mim tenha sido derrotada, tantas outras mulheres não têm os recursos para se defender”, escreveu ela nos stories do Instagram.
“Estou mais determinada do que nunca a continuar lutando pelo direito de toda mulher de ter voz para se proteger — seja sua segurança, sua integridade, sua dignidade ou sua história,” acrescentou. “Com amor e gratidão por todos que estiveram ao meu lado — muitos de vocês eu conheço, muitos não. Mas nunca deixarei de valorizar ou lutar por vocês”, concluiu.
Os advogados Esra Hudson e Mike Gottlieb, que representam Blake, comemoraram o desfecho do caso, em entrevista ao Just Jared: “A decisão de hoje representa uma vitória total e uma completa absolvição para Blake Lively, assim como para todos que foram arrastados por Justin Baldoni e os envolvidos da Wayfarer nessa ação retaliatória – incluindo Ryan Reynolds, Leslie Sloane e o The New York Times. Desde o início, dissemos que esse processo de US$ 400 milhões era uma farsa, e o tribunal reconheceu isso de forma clara. Agora, vamos avançar para a próxima fase, que busca o reembolso de honorários advocatícios, além de danos triplos e punitivos contra Baldoni, Sarowitz, Nathan e os demais integrantes da Wayfarer que promoveram esse litígio abusivo”.
Segundo uma fonte da People, a atriz “chorou de alívio” ao receber a notícia. Outra pessoa próxima ao casal afirmou: “Ela está obviamente aliviada. Os dois estão. Ela se sente justiçada”. O sentimento seria compartilhado também pela equipe jurídica de Lively: “Todos estão satisfeitos”.
A disputa entre os dois artistas ganhou força no ano passado, após rumores de conflitos durante as gravações de “É Assim que Acaba”. No processo, Lively também mencionou outros nomes ligados ao ator, como investidores, o CEO da Wayfarer Studios e as assessoras de imprensa Melissa Nathan e Jennifer Abel.
Baldoni segue negando todas as acusações. Blake, Reynolds e Sloane também rejeitaram as alegações feitas por ele em sua ação judicial. Segundo fontes, a equipe do ator avalia apresentar uma nova versão do processo. “Isso ainda não acabou. A luta continua”, disse o informante.
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