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Falamos com Jholeyson, nome quente do cenário eletrônico da Colômbia

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O ano de 2021 provavelmente foi o mais prolífico e especial da carreira de Jholeyson, artista colombiano que entregou uma série incrível de releases, assinando com labels como Nothing But, Repopulate Mars, Ole Rec e Sola Nauts, nesta última ao lado de Yaya, onde entregou o excelente EP La Combinacion.

Nós aproveitamos esse ótimo momento do artista para trocar algumas palavrinhas com ele:

Você é um dos nomes mais quentes do cenário eletrônico colombiano, com uma consistência sólida de lançamentos em catálogos renomados do mercado mundial. Foram quase sete anos de carreira até aqui, com mais de 80 releases na bagagem. Como você analisa sua trajetória durante esses anos de estrada?

Jholeyson: Tem sido uma jornada legal, mas cheia de obstáculos. Quando decidi me tornar produtor, eu nem tinha um sistema de áudio profissional ou uma interface de áudio. Minhas primeiras faixas lançadas no Beatport foram produzidas com equipamentos muito básicos. A evolução tem sido constante, a começar pela paixão que sinto pela música. Acho que a chave tem sido a perseverança e o desejo de ser melhor a cada dia. Estou me superando e isso me fez subir um degrau de cada vez. 

Você possui uma bagagem musical bem variada de ritmos, que vão do Reggae, ao Hip Hop e à Salsa, passando pela essência das sonoridades latinas que conferem um tempero picante às suas produções. O que te atrai musicalmente nessas referências, e o que você acha que acabou despertando os olhares do cenário para a sua assinatura sonora?

Bem, a tradição do folclore é bastante típica no meu país, Colômbia, principalmente na região de onde venho. A salsa é o género musical que mais se escuta, no carro, nas escolas, nas casas, por todo canto você ouve e vê as pessoas dançarem, deixando-se levar pelo ritmo que consiste nas baterias, cravo, guiro, sinos, piano e baixos. Essa essência musical estará sempre em mim, daí vem a minha identidade musical.

Sua faixa Meloso lançada pela Solid Grooves Raw, é uma dos trabalhos mais fortes de sua trajetória até aqui, assim como seu EP Discow pela Hot Creations. Como esses lançamentos impactaram em sua carreira?

Esses lançamentos em particular tiveram um impacto enorme na minha carreira. Primeiro me ajudaram a continuar minha evolução pessoal e musical e depois a exposição mundial. Receber suporte de pessoas e grandes referências como Jamie Jones, Lee Foss, Luciano, Steve Lawler, Michael Bibi, Solardo e outros tem sido a coisa mais importante, principalmente porque consegui mostrar a mim mesmo que muitas coisas são possíveis se acreditar e o que é possível alcançar se tiver paixão.

Durante a última vinda de Yaya para Colômbia, vocês sentaram juntos e produziram as duas faixas de “La Combinación”, que agora acaba de entrar para o catálogo da Sola. Como foi essa sintonia entre vocês dentro de estúdio?

Foi legal. Yaya é uma ótima pessoa, ela tem atitude e uma alegria contagiante, temos isso em comum. Nos encontramos e embora não tenhamos passado muitas horas no estúdio, conseguimos consolidar algumas ideias sólidas que misturaram o melhor dos dois estilos e se tornaram muito agradáveis.

Acredito que essa estreia na gravadora de Solardo, deve ter batido forte em seu coração, certo? Você já havia tido um contato prévio com o duo?

Sim, além disso, foi um bom lançamento. Tenho contato com Solardo há bastante tempo, principalmente com James, para quem envio frequentemente minhas novas produções. Eles dão apoio constante as minhas músicas, sou muito grato por isso. 

Tanto a faixa título “La Combinación” como “Costa Rica” trazem uma atmosfera excitante de pista de dança, combinando de forma perfeita sua identidade musical latina com os grooves percussivos de Yaya. Como surgiu a ideia do conceito das faixas, e que elementos que vocês trouxeram de especial durante esse processo produtivo?

Jholeyson: Embora as faixas tenham estilos diferentes, elas têm algo em comum e essa é a atmosfera que trazem, com muita energia. Para “The Combination”, escrevi alguns versos a fim de encontrar alguém que tivesse uma voz agradável. Então passei a letra para Madeleine, que é minha namorada e cantora profissional, a voz dela é muito suave e encaixou perfeitamente, a partir daí tudo fluiu e os outros elementos se encaixaram. Para “Costa Rica”, levei em consideração que é necessário variar um pouco e introduzi sons de alguns elementos percussivos típicos da América Latina, como tambores e cravo, por isso somamos aos sons alguns cortes com vozes latinas junto de um baixo sólido, foi assim que aconteceu.

E o que mais está por vir a seguir? Quais são as novidades que estão por vir através do seu projeto?

Jholeyson: Coisas muito interessantes estão por vir, como participações em festivais na Europa e América, dividindo a cabine com grandes artistas, e também músicas novas, lançamentos em gravadoras que sempre quis assinar. Já já vocês estarão vendo por aí! 

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