Com mais oito lançamentos programados para esse ano, a catarinense conversou com a DJ MAG e contou diversos detalhes da sua carreira

por Redação DJ Mag Brasil

Após sua notável participação no The Voice Brasil, Daphne segue carregando a bandeira da música eletrônica e espalhando sua forma de contagiar o público com sua potente voz. A DJ, produtora, cantora e compositora lançou recentemente a faixa “Connections” ao lado de Paranormal Attack, grande nome da cena de psy trance, diretamente de Portugal.

Com mais oito lançamentos programados para esse ano, a catarinense conversou com a DJ MAG e contou diversos detalhes da sua carreira, produção da faixa “Connections”, suas inspirações na hora de compor e produzir, sua participação no programa e os próximos passos que podemos esperar. Confira!

DJ MAG BRASIL: Parabéns por esse super lançamento, Daphne! Imaginamos que deve ser uma honra ter uma collab com o Paranormal Attack, ainda mais depois de contar que seu noivo é grande fã dos produtores. Nos conte um pouco mais sobre como foi essa produção?

Muito obrigada! É com certeza uma honra, e graças ao meu noivo essa track tem tocado pelo menos 100 vezes por dia em casa, haha! “Connections” foi o primeiro dueto que gravei e foi um super aprendizado, além de poder acompanhar a produção dela remotamente, o que também me agregou muito! Não poderia ser diferente trabalhando com alguém como o Xangaii, com mais de 18 anos de carreira as coisas fluem naturalmente! Meu maior desafio foi a parte de composição pois sempre lancei apenas o que eu mesma escrevia, nunca havia escrito nada em parceria com outra pessoa, e é complexo você pegar a história/experiência de alguém que transformou o que estava sentindo em música, e interpretar da mesma forma. Busquei entender o que ele estava sentindo antes de concluir a composição e foi aí que tive a ideia de convidar ele para interpretar comigo em um dueto. Tratei essa track com muito carinho e o resultado foi incrível.

DJ MAG BRASIL: “Connections” fala sobre perder a conexão com si mesmo por conta de relacionamentos amorosos. Na track, você divide os versos com Ruy e mostram os dois lados dentro de um relacionamento. Pode nos contar mais sobre como foi compor essa música?

Quando o Ruy me enviou a música, já estava com as partes dele, então busquei fazer com que meus versos conversassem com os dele. Minha ideia era justamente trazer esses dois lados da moeda para a música. Falando a grosso modo, temos uma pessoa sofrendo com um término, e outra que gerou esse término. Talvez os dois não sofram da mesma maneira, mas ambos sentem o baque da mudança de uma rotina que pode ser de 1 mês ou 20 anos de relacionamento. Eu mesma já passei por relacionamentos em que abri tanto a mão de mim, que perdi a conexão com quem eu era. Acredito que o pior de um término não é você esquecer a outra pessoa, mas sim lembrar de quem você é sem ela. O que eu mais gosto nessa música, além da riqueza musical e orgânica dela, é que para mim ela comprova que contextos variados podem sim se encaixar na música eletrônica, sem passar uma energia ruim – muito pelo contrário.

DJ MAG BRASIL: Falando em conexões, pode nos contar sobre a sua conexão com a música e como tudo começou?

Essa música é importante para mim por vários motivos, principalmente pelo aprendizado que ela me trouxe. É meu primeiro dueto, a primeira vez que escrevo uma composição junto com alguém e sobre um tema que sempre quis trabalhar, pois com certeza muitos irão se identificar! Além da guitarra extremamente presente que me traz lembranças do meu início na música, montando banda de rock na escola, onde fui guitarrista. É também minha primeira track em high bpm, e o fato de ser lançada numa data tão especial, como o 12/04 que é dia do aniversário do meu noivo e nosso aniversário de noivado, é muito legal! 

E o aprendizado que ela me trouxe não foi somente musical. Há 2 anos eu recebi um convite para fazer Live vocal de uma colaboração que eu iria lançar, porém seria apenas para promover a track e eu não estaria recebendo por isso. Eu me lembro de estar com a grana curta e pensar muito se eu deveria ou não fazer esse investimento, eu quase não fui. Mas foi nessa noite que o Ruy conheceu meu trabalho e meu noivo pôde conhecê-lo e trocar contato. Durante todo esse período já conversávamos sobre criar algo juntos, e até tentamos uma outra ideia de track, mas foi a “Connections” que nos conectou para valer!

DJ MAG BRASIL: E quais ou quem são suas inspirações, tanto na hora de compor como na hora de produzir?

Eu sempre fui uma pessoa muito eclética em relação à arte! Não tenho um grande nome que me influencia, busco trazer um pouquinho de cada um dos artistas que eu admiro para meu trabalho. Uma artista que me inspiro na hora de compor, por exemplo, é a Amy Winehouse, por toda verdade que ela colocava em suas músicas, independente de ser o que a sociedade esperava ou não dela. E a produção, por incrível que pareça, vem apenas uns 20% de artistas de música eletrônica realmente. Um deles que sou muito fã é o Matroda. Mas eu ouço desde o Pop até o Blues, Hip Hop e etc… sempre fui muito musical, amante de instrumentos, e meu foco principal na hora de produzir é a parte da melodia. Minhas influências vêm de quase todo tipo de música. 

DJ MAG BRASIL: Com certeza um dos sonhos de quem é DJ é lotar os palcos mais desejados pelo mundo. Nos conte sobre uma apresentação sua que foi inesquecível e sobre um palco, festival ou club que você ainda deseja se apresentar.

Tive a oportunidade de viver momentos incríveis em alguns palcos que eu já admirava do front, mas acho que nada supera o que considero realmente minha melhor GIG, por sinal GIG que veio graças à minha apresentação na noite em que conheci o  Paranormal Attack. Foi no Winter Festival do Natural Forest em Santa Catarina, lembro que foi a primeira vez que senti que estava onde queria e precisava estar, e após essa apresentação corri para me apresentar no Winter Festival do El Fortin. Dois grandes clubs na mesma noite, foi um momento especial que guardo com carinho. Mas a cada palco que piso, me sinto ainda mais grata e apaixonada pelo meu trabalho. Sonho e trabalho para ainda chegar em palcos como o da Tomorrowland.

DJ MAG BRASIL: É difícil falar sobre Daphne Live sem comentar sobre sua participação e suas apresentações expressivas no The Voice Brasil, afinal, sua voz é singular e marcou essa edição. Como foi a sua experiência no programa?

O The Voice foi a maior aula de auto conhecimento que eu pude ter até hoje. No meio de uma pandemia, onde nosso psicológico já está um tanto abalado, vivenciar momentos de ansiedade como os que um programa de nível nacional e até mesmo internacional propõem, me ensinou muito sobre mim e sobre como lidar com momentos assim e entender tudo que sinto. Me deu muita força e recarregou minhas energias para continuar firme nos meus objetivos mesmo diante desse momento que o mundo está vivendo.

E carregar a bandeira da música eletrônica como a primeira DJ/Live a participar do programa me enche de orgulho! Recebi diversas mensagens de pessoas que diziam não ouvir nosso estilo de som, mas que depois de me assistirem, passaram a ouvir todo dia. O simples fato de poder agregar isso à nossa cena, e trazer público para conhecer principalmente a E-Music nacional, é o melhor que eu poderia ter tirado dessa experiência! 

DJ MAG BRASIL: Com certeza o programa deu uma certa visibilidade e impulsionada no seu projeto. O que podemos esperar da Daphne Live? Pode nos contar algum spoiler?

Meu plano é lançar pelo menos 8 músicas ainda esse ano, 7 já estão prontas para lançamento e várias outras em produção. No final do mês vou gravar uma Live para a Só Track Boa com várias dessas músicas novas! Também estou ansiosa para as GIGs internacionais já fechadas, mas que estão à espera da volta do nosso mercado para datar ao certo. Tenho tido mais tempo para me encontrar como artista, aprender e preparar coisas novas para o público, posso garantir que novidades não faltarão!


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