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Emmanuelle: Sucesso no Brasil, clássico erótico ganha remake provocador e impressiona com cenas íntimas em trailer; assista

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Prestes a ser lançado internacionalmente, o trailer de “Emmanuelle”, dirigido por Audrey Diwan, traz uma abordagem totalmente diferente do imaginário tradicional associado ao nome. O filme estreou no Festival de San Sebastián no ano passado e será lançado em streaming em 6 de junho deste ano.

Na produção, a atriz Noémie Merlant, conhecida por “Retrato de Uma Jovem em Chamas”, interpreta a protagonista. O elenco ainda conta com Naomi Watts, Will Sharpe, Jamie Campbell Bower, Anthony Wong e Chacha Huang. Audrey Diwan, vencedora do Leão de Ouro no Festival de Veneza com “O Acontecimento”, é a diretora e co-roteirista da produção, que se distancia da versão original de 1974, para apresentar uma protagonista complexa, independente e pragmática.

Na trama, acompanhamos Emmanuelle, uma mulher que viaja para Hong Kong. À primeira vista, a missão parece simples: ela precisa identificar falhas na gestão de uma luxuosa rede de hotéis. Mas o que começa como uma rotina profissional rapidamente se transforma em uma jornada intensa de autodescoberta, desejo e relações movidas pela curiosidade e busca por conexão. Ao se deparar com Kei (Will Sharpe, de “The White Lotus”), um homem que a ignora de maneira quase desafiadora, Emmanuelle se vê tomada por pensamentos e impulsos que a conduzem a explorar os próprios limites. Assista ao trailer legendado:

Em entrevista à Folha de São Paulo, Diwan falou sobre a nova proposta do longa. “Eu só tinha visto dez minutos do filme original até então, e eles haviam sido o suficiente para entender que eu não era o público-alvo“, disse a diretora.

Ela contou que só aceitou a proposta após ter total liberdade para moldar a personagem à sua maneira, e comentou ainda que seu filme não é necessariamente uma releitura feminista. “Eu sou feminista. Isso é parte de mim e já está no meu olhar, no meu ponto de vista. Não existe uma escolha a ser feita nesse sentido [ao escrever o roteiro do filme]“, revelou.

Em contraste com a obra original, a Emmanuelle de Diwan utiliza o sexo para aliviar a tensão das viagens de trabalho e para se aproximar de desconhecidos que despertam sua curiosidade. O filme abre com uma recriação da famosa cena em que Emmanuelle transa no banheiro de um avião, mas sem glamour ou sedução explícita.

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O cinema erótico não é construído só com sexo. Às vezes, o erotismo está mais nas palavras, nos silêncios. Criamos tensão quando sabemos onde parar, para que a imaginação do público entre em cena. As pessoas hoje já viram de tudo e, na era da pós-pornografia, precisamos saber mais esconder do que mostrar“, provocou Diwan.

Segundo a cineasta, a nova Emmanuelle é uma proposta que foge da objetificação para explorar a sexualidade com um olhar mais profundo, marcado por questões como solidão, desconexão e desejo de controle.

O longa original, “Emmanuelle”, de 1974, impressionou os espectadores da época com suas cenas de sexo e se tornou um dos mais bem-sucedidos do cinema francês. A produção rendeu uma série de outros filmes e também de franquias mundo afora. Aqui no Brasil, alguns títulos fizeram sucesso nas madrugadas da Band, nos anos 90, no chamado Cine Privé.



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