A primeira impressão que se tem de um item de moda, na rua ou em lojas, é criada pelo visual. Esse poderoso contato inicial tem grande impacto pelas cores, que passam a ser características de marcas tradicionais. As tonalidades são, também, forma estratégica de alcançar — e influenciar — o consumidor, técnica usada em indústrias como a da moda.
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Exclusividade das cores
No mundo da moda, as cores se transformam em parte da identidade de marcas, muitas vezes funcionando como um atalho visual ou até mesmo substituindo a função de logotipos.
Marcas de luxo, como Tiffany & Co., com seu azul registrado pela Pantone, a Hermès, com o laranja vibrante e a Louboutin, com o vermelho que já virou caso de tribunal, são exemplos da utilização de tonalidades como referência estética, construída ao longo de décadas.
Mais recentemente, a Bottega Veneta intensificou o uso do Parakeet Green e a Valentino lançou o Valentino Pink PP, um rosa-choque vibrante desenvolvido com a Pantone, que dominou as campanhas. Em 2021, a linha de moda esportiva lançada pelo ex-jogador de futebol americano Tom Brady também desenvolveu uma cor em parceria com a empresa especializada na área, inspirando-se nas tonalidades do New England Patriots, time no qual o atleta jogou durante 20 temporadas.
Cores como estratégia na moda
As cores exercem uma influência profunda e subconsciente sobre o comportamento do consumidor. A chamada psicologia das cores é uma ferramenta poderosa nos negócios, já que os humanos reagem aos diferentes tons em níveis psicológicos e culturais.
De acordo com essa teoria, o vermelho transmite energia e poder; o azul representa confiança, calma e confiabilidade; o preto é associado à sofisticação, luxo e atemporalidade; o branco simboliza pureza e simplicidade; o verde pode sugerir eco-consciência ou frescor; e o amarelo e o laranja evocam alegria e entusiasmo.
A percepção de valor dos produtos também está ligada à cor, com tons neutros e escuros frequentemente sendo percebidos como mais “caros”. Contudo, o significado das cores não é universal, já que contextos culturais e demográficos moldam significativamente a forma como são percebidas. Enquanto o preto é elegante no Ocidente, por exemplo, ele pode simbolizar luto em outras culturas e ocasiões, assim como o vermelho é sinal de sorte na China.
Ao entender o profundo impacto psicológico, emocional e cultural das cores, as marcas criam coleções que não apenas agradam visualmente, mas também impulsionam vendas, constroem confiança e tornam seus produtos mais memoráveis. Exemplo do poder comercial das cores pode ser visto em campanhas de grandes grifes.
No vídeo abaixo, veja um exemplo da Valentino, com o rosa característico da marca: