Como foi o Ame Laroc Festival 2020?

Como foi o Ame Laroc Festival 2020?

O ALF se afirma como destino obrigatório do carnaval dos amantes da dance music.

por Pollyanna Assumpção

O Ame Laroc Festival foram três dias intensos de muita ida e volta entre palcos. Se você for uma pessoa como eu, que gosta de música comercial e underground com a mesma intensidade, o festival foi perfeito. Embora eu tenha minha própria visão de que não dá pra ser underground quando se trata de super DJs renomados que viajam o mundo tocando em festivais para milhares de pessoas, independente da vertente musical que tocam, podemos assumir que a curadoria do ALF 2020 se preocupou em trazer grandes nomes para todos os fãs de música eletrônica.

Não importa se você fincou raízes no palco da Laroc ou se viu o mundo rodar na techneira do palco Ame, a diversão foi garantida. Três dias onde o clima colaborou com dias ensolarados e noites frescas, com uma leve e curta chuvinha que não atrapalhou ninguém no último dia e refrescou os ânimos durante o set do W&W, as casas se uniram para receber um público que ficou confortável, feliz e muito bem distribuído durante toda a festa.

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Frequentadores de ambas as casas tem no atendimento um dos pontos altos que os fazem amar tanto voltar sempre. E durante o festival não foi diferente. Bares sempre com atendimento rápido, com novos pontos sendo instalados no caminho que levava de uma casa a outra. Banheiros sempre limpos e organizados, mesmo em momentos de pico de uso como entre um show e outro. Funcionários sempre prontos a ajudar, inclusive aos frequentadores mais animados que subiam na tirolesa instalada entre as casas. E mais uma vez a logística do conglomerado Ame/Laroc nos fez sentir que estamos no lugar certo para curtir o carnaval.

Como destaque para mim, fica a instalação artística e jardins construídos atrás do Ame, que se transformou em point para muitas pessoas, inclusive meu e dos meus amigos, pela beleza, leveza e diversão. Havia artistas personalizando roupas que podiam ser adquiridas na lojinha do festival, DJ’s tocando durante a noite em um mini palco e quadros que podiam criar discussões acaloradas sob análise do público. Além de luzes que viraram cenário para fotos de 9 entre 10 frequentadores do festival.

Os shows tiveram vários momentos gloriosos: pedido de casamento no fim do set de Timmy Trumpet, Vini Vici indo a lugares da música nunca antes explorados, Illusionize sem hora pra parar de tocar, KSHMR trazendo seu storytelling que já aguardamos com ansiedade, Meduza surpreendendo com um set pesadíssimo quando todos esperavam músicas similares ao seu hit de 2019 “Piece of your Heart”, Claptone sendo Claptone e fazendo duas horas de set passarem em um piscar de olhos, Oxia fazendo todo o Ame dançar ao som de sua clássica “Domino” mostrando que faixas incríveis nunca envelhecem.

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Também tivemos Guy Gerber mostrando porque era o grande nome da noite, fazendo até meus amigos que não gostam do estilo dançarem felizes na pista. O W&W fez todos os fãs gritarem que o Big Room segue vivíssimo em seus corações, Kungs e Sam Feldt mostraram porque são nomes tão queridos no house atual, Joris Voorn entregou um set de progressive house que me fez sentir saudades de mais sets como esse no Brasil e Gabe encerrou o festival chinelando a cara de um Ame lotadíssimo e pedindo por mais carnaval.

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Pelo segundo ano seguido, o ALF segue com saldo positivo. Perfeito pra galera que foge do tradicional carnaval dos blocos nas grandes cidades, viver por três dias o sonho eletrônico em Valinhos é uma bolha que quando estourada na terça-feira de carnaval, te deixa com saudades pelo resto da semana, quiçá pelo próximos meses. Definitivamente o ALF se confirma como uma super produção festivaleira de carnaval e vira um evento fixo na agenda do folião que foge da folia tradicional e acha que paraíso é viver entre os beats dos melhores DJs do mundo durantes três dias imersos em música. Que venha o ALF 2021.


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