Lançada em 2011, “Hungry For The Power” foi um dos grandes sucessos houseiros da última década. A música é o maior hit do grupo canadense Azari & III, que ficou na ativa entre 2008 e 2013, e se tornou quase unanimidade nas pistas em todo o mundo, fosse na versão original ou em remixes que também bombaram, como o de Jamie Jones.

Agora, foi a vez de dois produtores brasileiros resgatarem o som, com os pés em 2020. Bolth e LOthief se juntaram para recriar a música em uma releitura mais eufórica e forte de “Hungry For The Power”, como eles mesmos explicaram à Phouse.

“‘Hungry For The Power’ foi o primeiro contato direto como collab com o Leandro [Souza, o LOthief]. Eu encaminhei algumas músicas pra gente se inspirar ou regravar e, no meio delas, havia a ‘HFTP’. Na hora, ele citou que curtia muito o som e pilhava em regravar com algo mais presente, pra frente — mais agressivo”, contou Bolth, que chamou uma cantora para entregar a energia vocal que a dupla buscava. O projeto do gaúcho Tiago Botelho andou bastante focado em estúdio nos últimos anos, para então “entrar no game” do mercado nacional, e tem nesse cover um novo cartão de visitas.

“Essa é uma das minhas música favoritas, mas eu não estava conseguindo encaixar a original nos meus sets. Assim, o Bolth descolou o vocal, que consideramos mais forte e presente sem perder a vibe, regravamos no estúdio dele e partimos pra essa nova versão”, complementou o LOthief.

A original, de 2011

O som saiu na última sexta-feira através da HUB Records, que fez o meio de campo para agilizar a autorização do Azari & III e da Loose Lips Records [gravadora da canção original] e, assim, poder lançar a regravação oficialmente. Conforme o A&R da HUB, Felippe Senne, a “Hungry For The Power” de Bolth e LOthief — que é um cover, e não um remix, como ele bem frisou — vem dentro da proposta da label brasileira de resgatar clássicos da dance music em novas propostas.

“Essa versão é mais um dos vários lançamentos de covers de grandes hits que estamos fazendo pela HUB Records — inclusive, muita gente confunde um cover com um remix, quando na verdade é um caso bem diferente. O cover é uma produção totalmente nova, com a regravação dos vocais e/ou instrumentos de uma obra já existente, ou seja, uma releitura de letra/melodia previamente composta e que já teve versões anteriores lançadas”, falou Senne.

+ LEIA TAMBÉM: JØRD conta como nasceu a versão com Alok de “The Book Is On The Table”

“Graças ao belo trabalho do nosso departamento jurídico, estamos estabelecendo um ótimo relacionamento com as editoras nacionais que representam essas obras, pra que consigamos as autorizações necessárias por parte dos autores e seus representantes — coisa que anteriormente, apenas grandes gravadoras gringas conseguiam”, concluiu.

Em apenas cinco dias nas plataformas, a releitura ultrapassou os dez mil plays no Spotify, com a ajuda de grandes playlists nacionais de música eletrônica, como Dance Paradise e Suor EDM. Nas próximas semanas, os números — e as pistas — vão nos dizer se, assim como sua inspiradora original, a collab de Bolth e LOthief vai virar hit.

* Flávio Lerner é editor da Phouse.


Veja mais em Phouse

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *