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Com Psycho Killer, Talking Heads resgata magia dos videoclipes

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Psycho Killer, uma das canções mais icônicas de todos os tempos finalmente ganhou um videoclipe, após 48 anos do lançamento. A banda de rock nova-iorquina Talking Heads lançou recentemente o primeiro vídeo musical oficial para seu maior hit, de 1977, com direção de Mike Mills, para celebrar os 50 anos de seu primeiro show. Na ocasião, o grupo foi ato de abertura para o Ramones, em Nova York.

Vem saber mais detalhes!

Quase meio século depois

Quase 50 anos após o lançamento da música, como parte do disco de estreia da banda, o videoclipe é estrelado por ninguém menos que Saoirse Ronan, atriz que protagonizou filmes como Lady Bird (2017) e Adoráveis Mulheres (2019). O detalhe ajuda o vídeo a conversar tanto com os fãs da música quanto com os de cinema. E, claro, da estrela que o protagoniza.

Capa do disco Talking Heads: 77, da banda nova-iorquina Talking Heads, com a faixa Psycho Killer - MetrópolesCapa do disco de estreia do Talking Hads, que inclui a faixa Psycho Killer, primeiro hit da banda – e que agora tem um videoclipe oficial, estrelado por Saoirse Ronan

 

“Este vídeo torna a música melhor. Nós amamos o que ele não é: não é literal, assustador, sangrento, fisicamente violento ou óbvio”, celebrou o Talking Heads, que teve a última reunião no palco em 2002, no Rock & Roll Hall of Fame, e havia prometido uma “surpresa” para os fãs recentemente.

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A fala do grupo faz todo sentido, já que a tradução literal do título da música significa “assassino psicótico”. As imagens do videoclipe oficial, por outro lado, mostram as reações cotidianas da personagem de Saoirse como trabalhadora de um escritório.

Banda Talking Heads - MetrópolesIntegrantes da banda Talking Heads – Jerry Harrison, David Byrne, Chris Frantz e Tina Weymouth – em retrato de 1977, capturado em Hollywood, nos Estados Unidos. O álbum de estreia do grupo, com a música Psycho Killer, saiu naquele mesmo ano

 

Perda de relevância dos videoclipes

O lançamento de um videoclipe, até alguns anos atrás, era um verdadeiro acontecimento. Afinal, um bom trabalho visual ajuda a ampliar o universo de uma música bem escrita e produzida. Especialmente, no auge da MTV, emissora responsável por popularizar o formato, e nos primórdios das redes sociais, com o boom do YouTube.

Mas, em meio à era das playlists pagas em streamings e dos hits do TikTok com menos de 2 minutos, os vídeos musicais perdem espaço para estratégias de divulgação alinhadas com os algoritmos. Em alguns casos, ganharam formatos minimalistas ou deixaram de existir, como nos dois últimos álbuns de Beyoncé.

“A música precisava de espaço para respirar por conta própria… a música é suficiente”, disse a cantora em uma entrevista. “Achei importante que, durante um período em que tudo o que vemos são visuais, o mundo pudesse se concentrar na voz. A música é tão rica em história e instrumentação. Leva meses para digerir, pesquisar e entender.”

grammy tapete vermelho 2025 tendencias beyonce - metrópolesNos discos Renaissance e Cowboy Carter, Beyoncé abriu mão dos videoclipes para deixar as músicas ganharem destaque pela voz

 

Como o formato resiste

O formato de videoclipes resiste, especialmente, nos lançamentos de artistas independentes ou estrelas mainstream em ascensão, como Sabrina Carpenter no cinematográfico Manchild, ou Addison Rae, que acabou de lançar o disco de estreia, já com vários videoclipes. Nesse contexto, é animador ver Psycho Killer ganhar um clipe beirando o aniversário de 50 anos do lançamento.

Quase meio século depois de, mesmo com um sucesso estrondoso, a canção ganhar vida no imaginário do público a partir das próprias histórias, ou de vídeos musicais não oficiais, como da série The Vampire Diaries com o vampiro Damon Salvatore. Se a era de ouro dos videoclipes está de volta, este parece um belo começo!


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