Nesta quarta-feira (3), Bruno Krupp gravou um vídeo no hospital, no qual alega que o atropelamento e morte do jovem João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, foi um acidente. Na filmagem, divulgada pela TV Globo, o modelo defende que não usou nenhuma substância ilícita antes de pilotar a moto em alta velocidade e afirma que “não fez nada de errado”.

Nas imagens, Bruno aparece no hospital particular Marcos de Moraes, localizado no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro. Em uma maca do centro médico, com curativos nos braços e nas mãos, o modelo reclama de ter sido chamado de assassino. Ele foi acusado de fugir do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, onde foi tratado inicialmente e onde tinha recebido alta médica, no último domingo (31).

Eu fui levado de ambulância, eu não fugi do hospital, não fugi dos médicos. Eu fiquei três horas esperando no hospital para ser atendido e ninguém me atendia. Eu estava morrendo no hospital, os empregados me tratando mal, batendo com a maca no corredor, me chamando de assassino, como se eu tivesse feito alguma coisa errada. Eu não bebi, eu não usei droga. Foi um acidente, gente!”, disse o influenciador de 25 anos. 

O atropelamento foi no último sábado (30), na Barra da Tijuca. Bruno dirigia uma moto em alta velocidade – 150 km/h – quando atropelou e matou o adolescente, que atravessava a rua com a mãe, Mariana Cardim. A Avenida Lúcio Costa, onde tudo aconteceu, tem a velocidade máxima de 60km/h. Krupp estava sem habilitação e a motocicleta não tinha placa. Na ocasião, entretanto, ele se negou a fazer o teste do bafômetro. 

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“Gente, pelo amor de Deus, eu sou a última pessoa que queria que isso tivesse acontecido. Pode ter certeza de que eu queria que o pior tivesse acontecido comigo”, argumentou Bruno no vídeo. Assista:

A perna do jovem atropelado foi “violentamente amputada no momento da colisão”, de acordo com a juíza Maria Izabel Pena Pieranti, que acusou Krupp por homicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de matar. Ele foi preso na manhã de hoje (3) e levado por agentes da 16ª DP, da Barra da Tijuca.

Bruno Krupp já tinha passado por blitz e apresentado irregularidades na habilitação e na moto, dias antes do atropelamento acontecer. (Foto: Anderson Marques)

A decisão judicial responsável pela prisão do influenciador enfatiza, ainda, que o rapaz foi parado em uma blitz da Lei Seca, apenas três dias antes do acidente fatal, quando também se negou a fazer o teste do bafômetro. “Não foi o bastante que tivesse sido parado pelos agentes da Lei Seca. Ser pego na situação já descrita não teve qualquer efeito didático. Ao contrário, adotou conduta mais ainda letal, acabando por tirar a vida de um jovem que estava acompanhado de sua mãe, ressaltando-se que Bruno não é um novato nas sendas do crime”, afirmou a juíza Maria Izabel Pena.

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Nesta terça-feira (2), as gravações registradas por câmeras de segurança da orla da Barra, foram divulgadas. Os vídeos mostram Bruno Krupp pilotando a moto em alta velocidade, alguns momentos antes de atropelar e matar o jovem João Gabriel. Assista:



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