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Academia em PE anuncia decisão após casal confundir personal com mulher trans e impedi-la de entrar no banheiro

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Nesta quinta-feira (29), a Selfit Academia confirmou a expulsão do casal de alunos que confundiu a personal trainer e fisiculturista Kely Moraes com uma mulher trans e a impediu de usar o banheiro feminino. O caso veio à tona na última terça-feira (27) e foi registrado em vídeo.

Em nota enviada à imprensa, a direção da academia reforçou o encerramento do contrato com os envolvidos, explicando que a decisão está baseada nos princípios e valores da empresa. A instituição também informou ter prestado apoio à vítima.

Ao UOL, a empresa reiterou que repudia qualquer forma de preconceito e violência, destacando que uma equipe agiu prontamente para conter os ânimos e garantir a segurança de Kely assim que a direção foi informada sobre o ocorrido.

“A missão da Selfit é proporcionar um ambiente seguro, acolhedor e respeitoso para todas as pessoas que frequentam as nossas unidades”, declarou a academia. Apesar do posicionamento firme, os nomes dos alunos envolvidos não foram divulgados.

Relembre o caso

O episódio ganhou repercussão na última terça-feira (27), após o vídeo do incidente circular nas redes sociais. A gravação, feita na segunda-feira (26), mostra a personal trainer Kely Moraes, de 45 anos, sendo alvo de constrangimento e agressões verbais na academia onde trabalha, localizada em Boa Viagem, zona sul do Recife (PE). Mulher cisgênero, Kely foi impedida de usar o banheiro feminino após ser confundida com uma pessoa trans por uma frequentadora do local.

Em seu relato, Kely contou que a confusão começou quando interrompeu o atendimento a uma aluna para ir ao banheiro se limpar, após sofrer uma queda de moto a caminho da academia. Ao sair da cabine, foi abordada por uma mulher que, aos gritos, disse que aquele “não era lugar para ela” e que o “banheiro de homem” ficava em outro andar.

“Ela disse: ‘Você é trans, mas é um homem’. Eu perguntei por qual motivo não poderia usar o banheiro e ela disse que ali não era o meu lugar, que ali não era banheiro para homem, daí eu entendi o peso da situação”, relatou Kely.

Durante a discussão, uma aluna grávida de Kely interveio em sua defesa. “A minha aluna, que está grávida, ficou muito nervosa e começou a discutir, então um homem chega e eu não sei se ele é o marido ou familiar da mulher que me abordou, mas ele diz que eu não posso ir ao banheiro”, detalhou.

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A situação se agravou quando o homem, supostamente ligado à agressora, tentou impedir fisicamente Kely de retornar ao banheiro, alegando que havia “um banheiro inclusivo no andar de baixo para ela”. A cena foi gravada em vídeo. Em um dos momentos, a aluna grávida pede que Kely mostre seu documento de identidade. “Ela é mulher”, gritou a aluna para o homem.

Assista abaixo:

O caso foi registrado na Delegacia de Boa Viagem como constrangimento ilegal, vias de fato e ameaça. Kely, acompanhada da aluna, registrou boletim de ocorrência e afirmou que pretende processar os agressores. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso. Saiba mais aqui.



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